domingo, 29 de janeiro de 2012

Os livros que me têm acompanhado...

Também em termos de visão acabei de recuperar a autonomia…

Ver ao perto tornara-se uma dificuldade até há pouco desconhecida, pelo que me estava vedado um dos meus grandes prazeres mais antigos: ler.

Como me sirvo dos transportes públicos, dificilmente concebo uma deslocação a olhar para o exterior ou para os outros passageiros.

O hábito de ler em viagem vem já dos tempos da Faculdade, quando os autocarros eram bem mais lentos e as viagens bem demoradas. Foram mesmo muitas as leituras que iniciei e concluí no autocarro, eléctrico ou comboio.

Assim, nas viagens que tenho feito recentemente sentia muito a falta daquela companhia tão desejada. Felizmente, foram encontradas soluções, e os problemas foram superados.

Entreguei-me então ao prazer recuperado, e há agora um belo caminho pela frente, atendendo a que, durante um tempo considerável, não tive como pegar num livro…

E recomeço com o número dito sagrado: três livros que me despertaram a curiosidade e que tenho vindo a ler «em simultâneo»:

Teolinda Gersão, «A Cidade de Ulisses» (Grande expectativa!)


Kjell Askildsen, «Um Repentino Pensamento Libertador» (Descoberta da mais recente literatura norueguesa. Expectante também!)



Eduardo Pitta, «Cidade Proibida» (Adiado e agora retomado.)


(Agradeço que opinem, nos comentários, sobre todos e cada um!)

RIC

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

A Caminho…


De um para o outro extremo,
Existo
E duro.
Vivo sendo até à morte.
Existo durando até estar morto.

Um, o caminho.
O outro, a espera.

Aninho a cabeça entre a plumagem
Do dorso da grande ave cega.
Voará lesta,
Nunca saberei para onde
Por luz, penumbra, negrume
Por carga, energia, plasma, fluido
E pelo mais que é e não é.

Quando.

Tudo são negros sorvedouros:
Transmudam ledas vidas
Em mestas passagens.


RIC

domingo, 22 de janeiro de 2012

Sintra, Capital do Romantismo...

Graças a um bom amigo da blogosfera e do Facebook, tive o privilégio (porque o é, de facto) de poder ver esta curta-metragem/documentário sobre a belíssima Sintra. Sem mais comentários, que aqui são desnecessários!

Thanks to a dear blogger friend also from Facebook I had the privilege indeed of watching this short film/documentary about beautiful Sintra, in the western outskirts of Lisbon. Without further unnecessary comments!


Muito obrigado, Paulo!

RIC

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Do «locus solitudinis» ao espaço de encontro e convívio

Remar contra a corrente é, muitas vezes, a atitude correcta e o sinal de que quem o faz está no caminho certo, quer o faça consciente e intencionalmente quer de forma intuitiva.

Como fiz, faço e farei sempre parte de minorias (variegadas…), creio saber do que falo.
Circunstâncias da vida levam-nos, por vezes, a trilhar caminhos por onde não se vê vivalma. Apenas a passagem do tempo – esse grande escultor – poderá reconduzir-nos a uma qualquer encruzilhada, onde nos reconciliemos com o género humano e voltemos a caminhar juntos, com gosto e prazer. Mas não é fácil: nem o reencontro nem a reconciliação. Mais uma vez, é necessário deixar actuar o tempo, o que pode, por seu turno, ser também causa de ansiedade, já que não temos todo o tempo do Mundo, bem entendido.
Em casa, está-se bem. Com um mínimo de conforto (que, obviamente, varia de sujeito para sujeito), podemos desfrutar de excelentes momentos e fruir ao máximo o nosso espaço íntimo. E a consecução destes objectivos, para mim, implica algo muito simples: café.
Cedo aprendi a saboreá-lo, passei por fases de grande exagero, a tomar bicas a toda a hora, e hoje quase me entrego a um ritual que pratico diariamente sem apelo nem agravo. Com muito prazer!

Adoro o meu café de casa!...

Mas… Nem só de pão vive o Homem. E o exterior atrai-nos com frequência pelo manancial de experiências e de vivências possíveis que nos reserva.
Aqui, na zona por onde recomecei a mover-me (Belém, Pedrouços, Restelo), fiz a descoberta de dois espaços que, como anunciava um comercial de antanho, «satisfazem o cliente mais exigente». Trata-se então de dois espaços «lounge»: um, café e galeria de exposições de pintura; o outro, café e restaurante, exibindo com regularidade também pintura e fotografia. Ambos têm internet à disposição, o que acaba por influenciar o tipo de convívio que se estabelece. Diria mesmo que o ócio se enriquece…


Casual Lounge Caffé
(Não encerra)
Rua Bartolomeu Dias, 148
Belém


Restaurante Bar 2good
(Encerrado ao domingo)
Rua Duarte Pacheco Pereira, 5
Restelo
Se acaso vierem para estas bandas, por exemplo, ao fim-de-semana, vão visitá-los e avaliem por si o que estes espaços têm de agradável à sua disposição. Sei bem que estou a fazer uma forma de publicidade não retribuída, mas isso não me incomoda de todo. Há mais vida além do vil metal… O importante é que desfrutem de momentos bem agradáveis. Sozinhos ou acompanhados.

"Nunca se recusa uma chávena de café que nos seja oferecida", dizem.
Eu não! Nem pensar! Sou até capaz de pedir uma, sem vergonha nem cerimónias…

RIC

domingo, 15 de janeiro de 2012

Smiling, laughing and happy on a daily basis…

Here is a message I got this morning that I’d like very much to share with you all. Somehow it brought me back on trails again, I guess, as far as my confidence in people is concerned. At least, so I felt it. Perhaps you’ll feel that way too.


«Ric,

I don't know why you apologise for the length of your messages; there is no need to, really. What you write is always interesting.


Hello, it is nice to hear from you again. Occasionally, I have visited your blog over the previous three, or so, years and I have wondered what happened to you. I have alternated from thinking the worst, to think all sorts of lovely out comes. I don't know why but both types of scenarios have often involved push bikes. I guess it is the product of my imagination.
I guess the reality is not quite so interesting. I hope you are feeling better now?


I hope life is progressing okay for you, your message seems to say the opposite, but I hope that is changing to something better for you.


Yes, you should travel, it is a wonderful thing. But, I guess, if you are not able to, we are lucky we have the internet, even if it is a somewhat second rate alternative. There is nothing like seeing places for oneself. I am always told by visitors to Australia that it is the Australian light that is so unique. I guess you don't get to see such detail through a computer screen.


I am well and happy. Well, happy in my personal life, even if I am not so happy in my professional life. I have a lovely new (going on two years) boyfriend who came along when I least expected him to, I guess, as boyfriends often do, who is smart and handsome and clever and funny and just so nice and normal that he has won my heart over completely. He makes me smile and laugh and happy on a daily basis.


I just need to find myself a new job now, which I am so less inclined to want to do.

So, good to hear from you. Here’s to a happy and healthy 2012.»


[A blogger friend in the antipodes]


… This is why mankind is still worth all possible efforts. And this world wakes up to a new day in much brighter colours whenever one is offered such a piece of comforting, reassuring prose. Lovely!

Thank you so very much, dear Friend ever since the very first minute!

RIC

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

A CARRIS não divulga supressões?!


Ontem, um problema internacional. Ou melhor, luso-americano…
Hoje, um problema nacional que, é sabido, não afecta apenas Lisboa.

No passado domingo, ao final da tarde, fiquei pespegado na paragem do 723 do início da rua Duarte Pacheco Pereira, a Pedrouços, durante quase UMA HORA.

À medida que o tempo ia passando, iam-me ocorrendo diferentes hipóteses: que o autocarro que já deveria ter passado ter-se-ia avariado… Ou que o horário afixado estaria desactualizado… Até que me dei conta de que, no sentido contrário, nenhum autocarro passara ainda! Percebi então que a carreira só poderia ter sido suprimida! Um residente local acabou por confirmar-me que há já alguns domingos não via o dito autocarro circular por ali…

Afinal, como é que é?!

Há ou não há uma rede urbana de transportes públicos com a qual os utentes possam contar?

Independentemente do título de transporte que cada um exiba, o fundamental – e o mais importante! – é que se saiba que, à hora x, se pode ser transportado e não ficar apeado numa paragem qualquer, sem saber o que fazer em seguida.

Espero e desejo que a CARRIS se mantenha honesta na sua relação com os utentes.

Pois espero, mas tenho cada vez mais dúvidas…

[Este texto já foi publicado no Facebook]

RIC

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

«Would you reveal your intentions?...»


Sometimes I wish I had paranormal powers!

Ever since I returned to the blogosphere last November, something strange has been intriguing me quite a lot.

Every single day – weekends included – someone somewhere in MOUNTAIN VIEW, California, apparently with some kind of relation to Google, has been scrutinizing De Viris Pulchris et Aliis several times per day.

Whether I hold something against it? Well, I really don’t know… A blog is a public place indeed, at least the way I conceive it. But I also consider to be quite odd/weird that someone is constantly going through the blog archives, and each day “selects” different materials. And the purpose is? I couldn’t say…

Is anything going on one should really know about?

Or… Perhaps the problem is just me: I’ve never liked being watched from afar. And I do feel something not quite right about it. All I can do is hope I’m wrong.


Oh yes, how did I get this piece of information? Sitemeter, of course.

RIC