quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

A Caminho…


De um para o outro extremo,
Existo
E duro.
Vivo sendo até à morte.
Existo durando até estar morto.

Um, o caminho.
O outro, a espera.

Aninho a cabeça entre a plumagem
Do dorso da grande ave cega.
Voará lesta,
Nunca saberei para onde
Por luz, penumbra, negrume
Por carga, energia, plasma, fluido
E pelo mais que é e não é.

Quando.

Tudo são negros sorvedouros:
Transmudam ledas vidas
Em mestas passagens.


RIC

2 comentários:

Malena disse...

Voemos, então, ainda que para esse sorvedouro do destino incerto! Melhor voar do que ficar sempre de pés agarrados ao chão! :)

RIC disse...

Olá Malena! Obrigado!
Quanto a voar a todo o custo... tudo depende do seguro que tenhas contratado. Porque há voos de risco elevadíssimo...
Mas voar com as palavras já é aventura bastante, concordo!
:-)