De um para o outro extremo,
Existo
E duro.
Vivo sendo até à morte.
Existo durando até estar morto.
Existo
E duro.
Vivo sendo até à morte.
Existo durando até estar morto.
Um, o caminho.
O outro, a espera.
Aninho a cabeça entre a plumagem
Do dorso da grande ave cega.
Voará lesta,
Nunca saberei para onde
Por luz, penumbra, negrume
Por carga, energia, plasma, fluido
E pelo mais que é e não é.
Quando.
Tudo são negros sorvedouros:
Transmudam ledas vidas
Em mestas passagens.
Tudo são negros sorvedouros:
Transmudam ledas vidas
Em mestas passagens.
RIC
2 comentários:
Voemos, então, ainda que para esse sorvedouro do destino incerto! Melhor voar do que ficar sempre de pés agarrados ao chão! :)
Olá Malena! Obrigado!
Quanto a voar a todo o custo... tudo depende do seguro que tenhas contratado. Porque há voos de risco elevadíssimo...
Mas voar com as palavras já é aventura bastante, concordo!
:-)
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