quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Do «locus solitudinis» ao espaço de encontro e convívio

Remar contra a corrente é, muitas vezes, a atitude correcta e o sinal de que quem o faz está no caminho certo, quer o faça consciente e intencionalmente quer de forma intuitiva.

Como fiz, faço e farei sempre parte de minorias (variegadas…), creio saber do que falo.
Circunstâncias da vida levam-nos, por vezes, a trilhar caminhos por onde não se vê vivalma. Apenas a passagem do tempo – esse grande escultor – poderá reconduzir-nos a uma qualquer encruzilhada, onde nos reconciliemos com o género humano e voltemos a caminhar juntos, com gosto e prazer. Mas não é fácil: nem o reencontro nem a reconciliação. Mais uma vez, é necessário deixar actuar o tempo, o que pode, por seu turno, ser também causa de ansiedade, já que não temos todo o tempo do Mundo, bem entendido.
Em casa, está-se bem. Com um mínimo de conforto (que, obviamente, varia de sujeito para sujeito), podemos desfrutar de excelentes momentos e fruir ao máximo o nosso espaço íntimo. E a consecução destes objectivos, para mim, implica algo muito simples: café.
Cedo aprendi a saboreá-lo, passei por fases de grande exagero, a tomar bicas a toda a hora, e hoje quase me entrego a um ritual que pratico diariamente sem apelo nem agravo. Com muito prazer!

Adoro o meu café de casa!...

Mas… Nem só de pão vive o Homem. E o exterior atrai-nos com frequência pelo manancial de experiências e de vivências possíveis que nos reserva.
Aqui, na zona por onde recomecei a mover-me (Belém, Pedrouços, Restelo), fiz a descoberta de dois espaços que, como anunciava um comercial de antanho, «satisfazem o cliente mais exigente». Trata-se então de dois espaços «lounge»: um, café e galeria de exposições de pintura; o outro, café e restaurante, exibindo com regularidade também pintura e fotografia. Ambos têm internet à disposição, o que acaba por influenciar o tipo de convívio que se estabelece. Diria mesmo que o ócio se enriquece…


Casual Lounge Caffé
(Não encerra)
Rua Bartolomeu Dias, 148
Belém


Restaurante Bar 2good
(Encerrado ao domingo)
Rua Duarte Pacheco Pereira, 5
Restelo
Se acaso vierem para estas bandas, por exemplo, ao fim-de-semana, vão visitá-los e avaliem por si o que estes espaços têm de agradável à sua disposição. Sei bem que estou a fazer uma forma de publicidade não retribuída, mas isso não me incomoda de todo. Há mais vida além do vil metal… O importante é que desfrutem de momentos bem agradáveis. Sozinhos ou acompanhados.

"Nunca se recusa uma chávena de café que nos seja oferecida", dizem.
Eu não! Nem pensar! Sou até capaz de pedir uma, sem vergonha nem cerimónias…

RIC

6 comentários:

Leo Carioca disse...

Eu também adoro café.
E em alguns casos, preciso dele, além de adorar: quando tenho que acordar mais cedo do que de costume, não consigo sair de casa sem antes beber 2 copos de café.
E quando me encontro num ambiente em que vejo alguma garrafa de café, tenho que dar uma provadinha.rs
Eu não chego a ser viciado em beber café todo dia, mas tenho que admitir que gosto muito.

RIC disse...

Olá querido Leo!
Em primeiro lugar, as minhas desculpas pelo atraso da resposta. Hoje tenho menos tempo disponível do que tinha há uns anos, o qual tento dividir entre o blogue e o Facebook...
Em relação ao café, acho que estamos entendidos: pequeno-almoço (no Brasil: café da manhã) sem café é inimaginável! E depois, ao longo do dia, há sempre momentos especiais para tomar um cafezinho, seja em casa ou no exterior.
Herdei este gosto pelo café da minha mãe, que me ensinou a apreciá-lo... Há já muitos anos...
Ah eu também: se houver oferta de café, lá estou eu a prová-lo! Rsrs!
Mas houve tempos em que bebia absurdamente café a mais... Hoje, se beber um café às 2:00 da madrugada, às 2:05 estou a dormir! Pois é, bebida de cabeceira! Não dá para acreditar!...
Um abraço, caro Leo! :-)

Malena disse...

Quanto a remar contra a maré... Lembrei-me do "eu vou ser como a toupeira" do Zeca!
No que se refere aos espaços... São looooooooooooongeeeeeeeeeeeeeeee! :)

RIC disse...

Olá cara Malena!
Bem-vinda!
Quanto ao Zeca, é sempre uma excelente lembrança. Parabéns!
Ser longe é, fisicamente, um obstáculo. Talvez quando vieres a Lisboa ou para estas bandas possas concretizar a visita... Esta parte da cidade está a ficar cada vez mais interessante e atraente. pelo menos, é o que me parece...
Obrigado!
Beijinho! :-)

Leo Carioca disse...

Ah, você tá no Facebook?! Eu não sabia!
Vamos ver se nos encontramos lá também. O nome que você usa lá é Ric mesmo ou é outro?

RIC disse...

Olá meu caro Leo!
Mas que enorme malentendido! Acho eu... uma tremenda confusão, parece-me...
Afinal, quem é o Leandro Lima?! Se não és tu, quem é?!...
O meu nome é o que está no rodapé desta mesma página.
Bem, espero que tenha sido contigo que troquei algumas palavras nestas últimas semanas...
Estou com uma imensa vontade de rir! Desculpa!...
Abração de Lisboa! :-)