quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

A CARRIS não divulga supressões?!


Ontem, um problema internacional. Ou melhor, luso-americano…
Hoje, um problema nacional que, é sabido, não afecta apenas Lisboa.

No passado domingo, ao final da tarde, fiquei pespegado na paragem do 723 do início da rua Duarte Pacheco Pereira, a Pedrouços, durante quase UMA HORA.

À medida que o tempo ia passando, iam-me ocorrendo diferentes hipóteses: que o autocarro que já deveria ter passado ter-se-ia avariado… Ou que o horário afixado estaria desactualizado… Até que me dei conta de que, no sentido contrário, nenhum autocarro passara ainda! Percebi então que a carreira só poderia ter sido suprimida! Um residente local acabou por confirmar-me que há já alguns domingos não via o dito autocarro circular por ali…

Afinal, como é que é?!

Há ou não há uma rede urbana de transportes públicos com a qual os utentes possam contar?

Independentemente do título de transporte que cada um exiba, o fundamental – e o mais importante! – é que se saiba que, à hora x, se pode ser transportado e não ficar apeado numa paragem qualquer, sem saber o que fazer em seguida.

Espero e desejo que a CARRIS se mantenha honesta na sua relação com os utentes.

Pois espero, mas tenho cada vez mais dúvidas…

[Este texto já foi publicado no Facebook]

RIC

6 comentários:

soudocontra disse...

Pois é, vai esperando, sentado(?) na paragem do autocarro... Isto vai de mal a pior, os nojentos acabam por controlar tudo, progressiva e passivamente pelo lado do povinho, coitadinho!

RIC disse...

Olá Manel!
Tens toda a razão!... «Isto» está de facto cada vez mais longe da democracia que, aos quinze anos, sonhei que iria ser construída...
Além deste «fait-divers» com a Carris, um dia destes dou-te a ler as cartas que as Finanças me enviaram por causa de uma dívida de IRS relativa ao período em que estive doente. Creio que , como eu, vais ficar de boca à banda com o tipo de discurso... Uma ameaça da Mafia não será muito diferente... E mais não digo!...
Obrigadão!
Um abraço! :-)

GMaciel disse...

Querido Ric,

Eu tenho uma história rocambolesca com a segurança social e descobri, por conta dela, que ninguém se mete com aquela instituição, nem a Deco, nem o provedor de Justiça, nem os partidos com assento na AR - pois a todos eles recorri.

Resumidamente, paguei durante 4 anos e meio metade das mensalidades à segurança social porque não dei baixa de actividade - esperando um qualquer milagre - e porque o pagamento através de multibanco ou banca online tinha essa modalidade em acesso livre - uma ratoeira, como acabei por perceber.

Resultado, tive que pagar a restante metade pelo mesmo período sobre rendimentos que não auferi - e que comprovei com os documentos entregues em sede de IRS - porque não entreguei um papel que ninguém me disse ser necessário e que deveria conhecer por meios próprios.

Roubo, meu caro, roubo, mas como é estatal...

As restantes empresas públicas, neste caso de transportes, seguem o mesmo caminho e acham que os otários, perdão, os utentes/contribuintes que lhes pagam os ordenados, não merecem qualquer consideração: que se informem por meios próprios.

Chegámos aqui com a conivência de todos os partidos e graças à passividade deste povo manso. :(

Calar é consentir e falar já se tornou insuficiente, if you know what I mean!!!

Beijocas grandes

RIC disse...

Querida Graça!
Um muito bom dia para ti!
Estamos submetidos a uma forma de poder que se aproxima assustadoramente de formas já bem nossas conhecidas de Estados totalitários, pretéritos e presentes.
A mansidão deste povo é realmente exasperante! Por muito menos, os «nuestros hermanos» partiriam para a valente porrada. Não que eu advogue a violência - longe de mim! -, mas há um momento «em que o copo está cheio e não dá mais para engolir» (Maria Bethânia)…
Que um cidadão tenha uma dívida para com as Finanças não implica que seja um bandido relapso! Mas foi como eu me senti ao ler a 3.ª carta que me enviaram no período de 2 semanas e meia… Enquanto estive doente e isolado, ninguém quis saber se eu estava vivo ou morto; agora que estou em recuperação, só falta virem cá a casa e esvaziarem-na… P*ta que os pariu!!! E para quê? Para eu querer um dentista e não ter, para eu querer um dermatologista e não ter, para eu querer um oftalmologista e não ter, enfim, para eu querer um simples médico de família e… não ter, bem entendido…
E assim se vai sobrevivendo no Terceiro Mundo europeu, com cliques mafiosas instaladas no poder. Quanto a partidos políticos e à Assembleia da República, o melhor é não me pronunciar, não por qualquer medo amaricado, mas apenas porque ainda me tenho por um homem educado.
Muito obrigado pelas tuas palavras!
Um beijinho e um excelente fim-de-semana! :-)

cafc disse...

Meu caro RIC
Nada que a reprivatização não resolva. Penso que os chineses não estarão interessados, por três razões:
1.ª – Lisboa é muito pequenina;
2.ª – Os amarelos da Carris estão em vias de extinção;
3.ª – Não tenho conhecimento da existência de uma empresa estatal com a designação de “Os Três Riquexós”.
Porém e independentemente de a quem for “vendada”, teremos conhecimento das “Três Grandes Supressões”, ou seja, de horários, carreiras e postos de trabalho.
Um grande abraço.
Carlos

RIC disse...

Olá caro Carlos!
Para já, «(re)privatização» é lexema proibido nesta torre! A minha reacção pode ser tal que me provoque nova crise de psoríase! Longe vá o agouro!!! Apre!!!
Quanto aos chineses, por que será que só me lembro de «Garganta Funda» quando ouço falar/leio sobre as barragens deles?! (Acho que o Sr. Segismundo Alegria tem uma explicação...)
Quanto à Carris, que os seus administradores passem mal, «samicas de c*ganeira»...
Um abraço! :-)