domingo, 29 de janeiro de 2012

Os livros que me têm acompanhado...

Também em termos de visão acabei de recuperar a autonomia…

Ver ao perto tornara-se uma dificuldade até há pouco desconhecida, pelo que me estava vedado um dos meus grandes prazeres mais antigos: ler.

Como me sirvo dos transportes públicos, dificilmente concebo uma deslocação a olhar para o exterior ou para os outros passageiros.

O hábito de ler em viagem vem já dos tempos da Faculdade, quando os autocarros eram bem mais lentos e as viagens bem demoradas. Foram mesmo muitas as leituras que iniciei e concluí no autocarro, eléctrico ou comboio.

Assim, nas viagens que tenho feito recentemente sentia muito a falta daquela companhia tão desejada. Felizmente, foram encontradas soluções, e os problemas foram superados.

Entreguei-me então ao prazer recuperado, e há agora um belo caminho pela frente, atendendo a que, durante um tempo considerável, não tive como pegar num livro…

E recomeço com o número dito sagrado: três livros que me despertaram a curiosidade e que tenho vindo a ler «em simultâneo»:

Teolinda Gersão, «A Cidade de Ulisses» (Grande expectativa!)


Kjell Askildsen, «Um Repentino Pensamento Libertador» (Descoberta da mais recente literatura norueguesa. Expectante também!)



Eduardo Pitta, «Cidade Proibida» (Adiado e agora retomado.)


(Agradeço que opinem, nos comentários, sobre todos e cada um!)

RIC

9 comentários:

cafc disse...

Meu caro RIC
Fico muito feliz por ti, adoraria responder ao teu convite mas, não é possível. Digamos que eu tinha o sonho de viajar até Niagara e perante a crise instalada, essa ambição “esfumou-se”. Em compensação, Niagara veio até mim, com incidência tão forte na “oftalma” esquerda (ironia do destino?) que não cedo à tentação de fechar a direita, logo pela manhã…
Tenho que me “governar” com ela e para leituras e “escrituras”, resta-me o “zoom” do computador. Quando os “valores mais altos que se alevantaram” decidirem “aterrar”, talvez resolva o problema.
Então e embora não seja um daqueles “ilustres-opinadores-de todos os-assuntos-e-que-conseguem-ler-trezentos-livros-por-semana”, tentarei ler um livro enquanto “o diabo esfrega um olho”.
Um grande abraço e desculpa o “lençol”.
Carlos

André disse...

Amigo,

Eu teria todo o prazer do mundo em opinar, mas não tenho o prazer de ter lido esses belos exemplares.

Fico feliz por puderes retomar este prazer de ler. É o meu maior prazer.

Abraço

Malena disse...

Que raiva! Não li nenhum!
Acho que eras perfeito para integrar um clube de leitura! Lá é que haveria candidatos a opinar! :P

Malena disse...

Será que não te convidam para um? ;)

RIC disse...

Olá Carlos!
O teu discurso de rio de planície, com todos os meandros possíveis e imagináveis, torna-se, não raramente, de descodificação complicada… A questão das cataratas parece-me agora pacífica, mas precisei de algum tempo e distância… Há coisas que não devemos fazer aos amigos, como deixá-los à nora. Não me agrada. Fico incomodado por não perceber exactamente se está ou não um problema de saúde em causa.
Quanto a opiniões, limitei-me a fazer o que sempre fazia aqui. Outrora… Pois, já sei, a blogosfera já não é o que era. Cada vez mais depressa, o Mundo é outro.
E se alguém acaso leu algum dos livros, pode sempre deixar umas palavrinhas sobre as suas impressões, sem que isso o/a aproxime de quaisquer palhaços-espantalhos do luso circo-campo!

(É com alguma relutância, devo confessá-lo, que me tenho dirigido a um Carlos Correia. Por homonímia, há um de menos boa memória na minha vida: um professor de Francês de 1971/72. É, a minha memória é mesmo filha da p*ta…)

Abraço!

RIC disse...

Olá André!
Nestas tuas palavras redescobri-te. Ainda bem! Há já algum tempo que te ia sentindo cada vez mais longe.
Obrigado! Foi quase comovente ler «É o meu maior prazer».
Haverá outros belos livros para trocar opiniões, tenho a certeza!
Abraço!
:-)

RIC disse...

Olá Malena!
A mulher é, por essência, intuitiva, não é?... O convite para um grupo de leitores surgiu há pouco mais de 48 horas... Acertaste na mouche!
Quanto aos livros, haverá outros. Não te chateies com isso. Outros assuntos são igualmente importantes, acredita.
Beijinho!
Obrigado! :-)

cafc disse...

Meu caro RIC
Tens razão! Adquiri o “vício da linguagem codificada” no ano longínquo de 1965, curiosamente, com um professor de Francês que, por essa via, nos passava mensagens do “reviralho”. Hoje, ainda não consegui libertar-me dessa aquisição e peço-te desculpa por, embora involuntariamente, te ter deixado à nora.
Resumindo, sim, é um problema de saúde e não, nunca fui professor de coisa alguma.
Um grande abraço, reforçadamente feliz pelo desempenho excelente da intuição da Malena.
Carlos

RIC disse...

Caro Carlos,
Das duas, uma: ou sigo com o baile mandado, e faço de conta que não me importo de estar a fazer figura de ASNO ou, hipótese mais provável, declaro publicamente que «não, não gosto, não me agrada» e o balão rebenta por si.
Sabemos ambos muito bem a que se destinam os blogues. E sabemos também o que podemos fazer no FB. Para mim, são espaços bem diferentes, destinados a objectos que podem complementar-se, mas não misturar-se.
Se estou chateado? Acho que sim. E, pelo menos, com alguma razão. Relendo o meu comentário-resposta supra, quase tive vontade de apagá-lo, por raiva. Mas a verdade é que o culpado sou eu, que fui crédulo e dei trela. Uma pessoa melhor (ou boa) talvez tivesse parado quando me referi a Pessoa. Mas não. Deu-lhe gozo continuar. Tudo bem...
Para concluir: a referência à «excelente intuição da Malena» foi a gota de água. Nunca pretendi «atirar barro à parede» com a referência ao meu professor, i. e., foi mesmo dele (que já teve um programa na televisão) que eu falei, sem outra intenção.
Para que o ambiente não azede ainda mais, vamos pôr termo a este excurso que apenas parece ter-me humilhado.
Não queira, Carlos, por favor, dar-me quaisquer explicações. Não as lerei. Tal como disse ontem, há coisas que não se fazem aos «amigos». Reitero hoje a ideia.
Espero que, ao menos, se tenha divertido. Já eu não posso dizer o mesmo...
FIM