«Em 1842 é instaurado um regime político, por muitos considerado despótico, liderado por António Bernardo da Costa Cabral, um dos chefes do movimento constitucionalista, e apoiado, entre outros, pelo seu irmão José Bernardo da Silva Cabral, 1.º conde de Cabral (daí a alcunha popular de governo dos Cabrais ou cabralismo).
A revolta inicia-se na zona de Póvoa do Lanhoso, no Minho, com uma sublevação popular que se foi estendendo progressivamente a todo o Norte. A instigadora dos motins terá sido uma mulher do povo chamada Maria, natural da freguesia de Fonte Arcada, que por isso ficaria conhecida pela alcunha de Maria da Fonte.
Nessa época, o maestro Angelo Frondoni compõe um hino popular que fica conhecido pelo nome de «Hino da Maria da Fonte» – ou «Hino do Minho» –, obra patriótica que respira entusiasmo aguerrido, tem larga divulgação, será por muito tempo (segunda metade do século XIX) o canto de guerra do Partido Progressista e quase chega a ser aceite, pela generalidade da população, nos últimos tempos da monarquia, como hino nacional.»
Viva a Maria da Fonte
Com as pistolas na mão
Para matar os Cabrais
Que são falsos à nação.
Eia avante! Portugueses!
Eia avante! Não temer!
Pela santa Liberdade,
Triunfar ou perecer!
Viva a Maria da Fonte
A cavalo e sem cair
Com as pistolas à cinta
A tocar a reunir.
Lá raiou a liberdade
Que a nação há-de aditar
Glória ao Minho que primeiro
O seu grito fez soar.
Em exortação às mentes progressistas inconformadas!
RIC
10 comentários:
Onde está uma nova Maria da Fonte?!
Agora não são os Cabrais ....são outros que tais!
Boa recordação nesta musica.
JInhos
BF
Olá Papoila!
Bem-vinda!
Não perguntes onde ela está; sê-a!
Obrigado pela visita!
Bom fim-de-semana para ti também!
Beijinhos! :-)
Oportuna e excelente lembrança e melhor conselho: sermos as novas Marias da Fonte. Haja ganas que razões não faltam.
:)
Olá querida Graça!
Pois é, é capaz de ser um «conselho» muito colado ao do John Kennedy, mas foi o que me ocorreu. Já chega de andarmos à procura do paizinho! Assumamos a nossa maioridade e façamos o que temos a fazer! Como muito bem dizes, razões não nos faltam! Não poderei ser mais uma Maria da Fonte (nem quereria), mas posso perfeitamente ser mais um Zé do Telhado! Há bandidos e bandidos! Hoje em dia, parece que estão todos onde não deviam estar... Mas isso é outra história...
Beijinhos! :-)
Oi, Ric.
Eu não conhecia essa personagem histórica! Muito interessante!
Olá Leo!
É sem dúvida muito curiosa a figura de Maria da Fonte e a aura mítica que a envolve. Aconselho-te a leitura do texto português - muito completo! - da Wikipédia. Vale bem a pena!
Bom domingo!
Um abraço! :-)
Bem que ela fazia falta com as pistolas para matar os Cabrais do nosso tempo que são falsos à nação.
Um abraço
Olá caro Paulo!
Pois é... Parece que o que há mais por aí hoje em dia são «Cabrais nacionões»... Lá me enganei eu outra vez nos plurais... O Português é uma língua difícil à brava! Rsrsrs!
Abraço! :-)
very interesting statue
Hello dear M.!
Are you feeling better now?
I do hope so!
Yes, that's a very powerful statue indeed, representing a revolutionary woman who lived in the 19th century.
I'm glad you liked it!
Ciao! :-)
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