Os Lusíadas, usually known by the title «The Lusiads» in English, is a Portuguese epic poem by Luís Vaz de Camões – sometimes spelled Camoens in English – and is considered one of the most important works of World literature.
Written in Homeric fashion («Iliad» and «Odyssey»), the poem – in ten Chants/X Cantos – focuses mainly on a fantastical interpretation of the Portuguese voyages of discovery during the 15th and 16th centuries.
The poem is often regarded as Portugal's national epic, much in the way as Virgil's «Æneid» was for the Ancient Romans.
It was first printed in 1572, three years after the poet returned from the Orient.
In the fifth Chant – Canto V – the story moves on to the King of Melinde (eastern Africa), describing the journey of the Armada from Lisbon to Melinde.
During the voyage, the sailors see the Southern Cross, St. Elmo's Fire or the Maritime Whirlwind, and face a variety of dangers and obstacles such as the fury of a monster in the episode of the Giant Adamastor.
The Canto ends with the poet's censure of his contemporaries that despise poetry.
The Giant Adamastor is a Greek-type mythological character invented by Camões, as a symbol of the forces of nature Portuguese navigators had to overcome on their discovery travels:
"Chill the flesh and the hairs
To me and all [the others] only by listening and seeing him".
"Arrepiam-se as carnes e os cabelos
A mim e a todos só de ouvi-lo e vê-lo".
This is intended to convey pure fear, the imminent threat of annihilation. The evil demigod is preceded by a black cloud, which appears above the heads of the sailors.
Expressing the surprise he experiences, Gama quotes himself:
"Oh divine power – [I] said – sublimated,
What divine threat or what secret
This clime and this sea presents to us
That seems a bigger thing than a storm?"
"Ó potestade – disse – sublimada,
Que ameaço divino ou que segredo
Este clima e este mar nos apresenta,
Que mor cousa parece que tormenta?"
As a "strange Colossus"/"estranhíssimo Colosso", "Rude son of the Earth"/"Filho aspérrimo da Terra", Adamastor became the Spirit of the Cape, a hideous phantom of unearthly pallor:
"Even as I spoke, an immense shape
Materialised in the night air,
Grotesque and enormous stature
With heavy jowls, and an unkempt beard
Scowling from shrunken, hollow eyes
Its complexion earthy and pale,
Its hair grizzled and matted with clay,
Its mouth coal black, teeth yellow with decay."
"Não acabava, quando uma figura
Se nos mostra no ar, robusta e válida,
De disforme e grandíssima estatura;
O rosto carregado, a barba esquálida,
Os olhos encovados, e a postura
Medonha e má e a cor terrena e pálida;
Cheios de terra e crespos os cabelos,
A boca negra, os dentes amarelos."
Such emphasis on the appearance of the Adamastor is intended to contrast with the preceding scenery, which was expressed as "seas of the South" ("mares do Sul"):
"The winds blowing favourably
When one night, being careless
In the cutting bow watching,"
"Prosperamente os ventos assoprando,
Quando uma noite, estando descuidados
Na cortadora proa vigiando,"
Camões gave his creation a history as one of the Giants of Greek mythology who had been spurned by Thetis, now appearing in the form of a threatening storm cloud to Vasco da Gama and threatening ruin to anyone hardy enough to pass the Cape and penetrate the Indian Ocean, which was Adamastor's domain.
Cape Point: the tip of the Cape Peninsula where the Atlantic and Indian oceans come together
«Eu sou aquele oculto e grande Cabo
A quem chamais vós outros Tormentório,
Que nunca a Ptolomeu, Pompónio, Estrabo,
Plínio e quantos passaram fui notório.
Aqui toda a Africana costa acabo
Neste meu nunca visto Promontório,
Que para o Pólo Antárctico se estende,
A quem vossa ousadia tanto ofende.»
«I am that one occult and great Cape
That you others call Tormentor,
That never by Ptolemy, Pomponius, Strabo,
Pliny and many before was known.
Here the entire African coast I finish
In this mine never seen Promontory,
That to the Antarctic Pole extends,
To whom your boldness so much offends.»
Thus it represents the dangers Portuguese sailors faced when trying to round the Cape of Storms, henceforth called, in consequence of the resultant success in despite thereof, Cape of Good Hope.
Adamastor has figured in much poetry of the Cape.
It is also mentioned in the opera «L'africaine» (1865) about Vasco da Gama by the composer Giacomo Meyerbeer. The slave Nelusko sings a song about Adamastor while he deliberately steers the ship into a storm and it sinks.
In «The First Life of Adamastor», a novella by André Brink, the writer refashioned the Adamastor story from a 20th-century perspective.
A popular gathering place in Lisbon is also known by the name «Adamastor» because of the large stone statue of the mythical figure which presides over the space, officially called the «Miradouro de Santa Catarina». This vista point offers visitors some of the most breathtaking views of the Tagus, the 25th of April Bridge and the Cristo Rei monument.
RIC & Wikipedia
I dedicate this post to my blogger friend Cape Town Musician.
No especial honour to him, for sure, just a gentle thought of mine…
26 comentários:
É sempre bom (re)lembrar Luís Vaz de Camões e a sua tão próspera obra épica, «Os Lusíadas».
E sendo este «post» em Inglês, há a possibilidade de dar a conhecer um pouco mais da nossa cultura ao Mundo. Bem hajas!
Tenho andado meia ausente, devido ao meu «menino». Tira-me horas de sono. Ainda para mais a clix, teima em não colaborar. Contudo, penso que está tudo a voltar ao normal :-)
Beijinhos e boa semana! :-)
Olá querida Susana!
E finalmente Camões épico chegou aqui! Já não era sem tempo, sim, mas não tinha ainda encontrado uma razão que me satisfizesse. Parece-me que foi desta. Até a catalogação foi difícil: poderia ser «Poesia», «História»... Decidi-me por «Geografias» por ter sido a foto do Cabo o ponto de partida.
Imagino a ânsia de descobertas destes teus últimos dias!... Ainda bem! As maiores felicidades para a «mamã babosa» e para o seu «menino»! Quanto aos servidores, parece que todos têm falhas, pelo menos de vez em quando...
Não tens de quê!
Um beijinho e uma óptima semana para ti também! :-)
Oi, Ric.
Agora me lembrei da minha prova de Literatura Portuguesa na faculdade no semestre passado: foi toda sobre ´´Os Lusíadas``.
Abração!
Olá meu caro Leo!
Só espero que a lembrança não tenha sido amarga... Geralmente, quando se fala de provas ou exames sobre «Os Lusíadas» as recordações não são as melhores... Rsrs!
Eu gosto muito do poema, mesmo daquelas partes que dão imenso trabalho a descobrir o que é que está lá por trás... É uma excelente ginástica mental, já para não falar do muito que se aprende sobre tanta coisa!
Abração para ti também! :-)
Ao ler este teu post fiquei com uma vontade irreprimível de ouvir - há quanto tempo!... - uma certa faixa de "Por este rio acima", do Fausto. :)
Uma referência à Auto-distinção: Está o máximo!!!
Beijinho :-)
Eu não tenho más recordações dos Lusíadas, sempre tive notas razoáveis com camões, tanto épico como lírico.
Também adorei a tua auto-distinção, se ninguém me gaba...
Um abraço
Oi, meu lindo!
Eu sempre ouvi falar desse livro, mas nunca o li...
Beijão, meu querido!
olá Ric
Gostei muito de ver Camões em Inglês, obrigada.
Adorei a frase que escolheste para acompanhar a auto-distinção.
Fina ironia!
;)
Olá João!
Sabe sempre bem despertarmos nos outros desejos positivos! Ainda bem! Esse álbum do Fausto é, para mim, uma obra-prima a que, estranhamente, tão poucos se referem. Talvez por ter marcado o fim do ciclo do império, não sei precisar... E a faixa a que te referes será «O barco vai de saída/partida»? (Estou a citar de cor...) É de facto uma maravilha! Obrigado pela dica!
Um abraço, meu caro! :-)
Olá Susana!
Pois... Rsrsrs! Essa é outra história, não camoniana, mas quase... Rsrs! «Eu canto o peito ilustre lusitano / A quem Neptuno e Marte obedeceram.»
A auto-distinção está aí para quem quiser auto-distinguir-se! Rsrs! Ao contrário das cadeias/correntes, esta segue a lógica do «self-service»: é pegar e levar! Rsrsrs!
Um beijinho para ti também! :-)
Ric, é realmente lindo!
hehehe,
Quanto a Camões, cá vão mais *****.
Beijinhos :)
Yo
Olá Paulo!
Ainda bem, meu caro! Creio que nem todos poderão dizer o mesmo... Eu gosto muito do poema, e nem a divisão de orações nem a classificação dos «ques» conseguiram tirar-me o prazer da leitura - que não é fácil...
Quanto à auto-distinção, digamos que ela surgiu mais contra a atribuição de distinções em circuito fechado entre «amigos e conhecidos» do que propriamente por não ser «gabado». Não sinto a falta desse tipo de «mesuras». Para mim, já é distinção suficiente este convívio aqui, através desta janelinha de comentários!
Um abraço para ti também, meu caro!
:-)
Olá Ricardo!
Vais muito a tempo, meu caro! Mas vai com calma! Como sabes, não é propriamente um romance que se leia de uma assentada... Convém algum trabalho prévio de preparação, o que torna a leitura bem mais lenta... Eu recomendaria - a quem tiver paciência - um tempo certo diário para conseguir chegar ao fim sem «desmoralizações»... Na verdade, não é uma leitura fácil...
Abrações e beijões camonianos! :-)
Olá Catarina!
Sê bem-vinda, minha cara! Já não era sem tempo! Obrigado eu!
Camões na língua de Sua Majestade... Pois... De algum modo, a intenção também é política: em vez de a nossa (fraca) reputação ficar só nas mãos - e nas bocas - dos políticos, aqui na minha Babilónia tento também mostrar que houve - e há! - portugueses de grande valor, que não foram/são deslumbrados... Espero conseguir o meu intento!
Quanto à fina ironia da frase, garanto-te que ficou aquém do que eu inicialmente queria... Rsrsrsrs!!!
Volta sempre, minha cara!
Um beijinho! :-)
Olá minha querida Yo!
É, não é?... Rsrsrs!!! A ideia resultou em cheio, e o «conceito» subjacente é primoroso! Rsrsrs!!!
Uma verdadeira maravilha! Parabéns a ambas!
Quanto a «Camoens», well, you know, politicians must be descredited! That's my main point! Rsrsrs!!! E adorei pesquisar algumas estâncias em Inglês! Algumas até soam como se tivessem sido da lavra do próprio Shakespeare! De facto, «cinco estrelas»!...
Um beijinho para ti também! E... obrigado pela auto-distinção! :-)
Rsrsrs!!!
Merci pour la dédicace. ça me touche beaucoup. C'est gentil de ta part. Bon "post" aussi :-). M.
Bonjour mon cher M.!
Tu n'as pas de quoi! Il ne te faut pas du tout m'en remercier. Ce n'est qu'un tout petit plaisir pour moi!
Et puis, tu sais, la région du Cap, elle est si mythique pour nous tous, les portugais...
Je suis content qu'il t'aie plu!
Salut et à la prochaine! :-)
YOU, my love, are an explorer - and a poetic one at that! I should like to explore you!
Hello dear Minge!
I believe you are definitely more baffling than dear Mae ever was... Lol!
Yes, I guess I'm an explorer, maybe a poetic one too, I agree, as I do like to explore many different things...
I think we both would like to explore each other, don't you think?...
What about the translation of that «blue» stanza? Do you agree with it or is it just bad English?
I'de like very much to have your opinion, you know?...
Best wishes! :-)
Yes. I do think.
All translation is reinterpretation, I think, but your interpretations, like you, are always beautiful.
I would like to see some photographs of you in the nude. Would you consider this?
Hello Minge!
Okay! Thank you so very much for your beautiful opinion!...
I guess I'd like many things in life myself as well. But life just isn't fair, and one cannot always consider others' wishes, even if they're somewhat legitimate... to a certain extent, I'd say.
Enjoy your Friday! :-)
I feel mutual exploration is on the way.
I ache to probe you, with fingers and mind!
... I sense a certain influence of a lecture on Medieval Art on your emphatic, vivid words... Am I wrong?
Is it now?... So let it be!
:-)
You're never wrong, hen. I'm influenced by everything; you, Neil Tennant and other living gods!
Wow! How fabulous for you! I do look around, but hardly see anything...
:-)
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