quinta-feira, 14 de junho de 2007

A pretext to visit Karen Blixen Museum


«Nairobi, 7 de Junho de 2007
Olá a todos,
Directamente de Nairobi, as primeiras impressões são poucas. Uma cidade tipicamente africana, mercados de artesanato de perder a cabeça e, para meu grande espanto, zonas verdes quase luxuriantes.
São 9:30 da noite e espera-me uma noite de sono que acalme a canseira da viagem. Amanhã, de madrugada, começa o verdadeiro safari.
Se puder, volto a dar notícias.
Beijinhos a todos, até ao meu regresso.
Karla»

Baroness Karen Christence Dinesen Blixen-Finecke, a.k.a. Isak Dinesen, performed in "Out of Africa" by the stunning Meryl Streep:


"You see, I had a farm in Africa at the foot of the Ngong Hills. But it really began before that; it really began in Denmark. And there I knew two brothers. One was my lover, and one was my friend. I had a farm in Africa… I had a farm in Africa at the foot of the Ngong Hills. I had a farm in Africa…"


«This is the stone farmhouse, now in a Nairobi suburb, where Danish author Karen Blixen lived from 1914 to 1931 and where she welcomed her lover, Denys Finch-Hatton – remember Robert Redford?…

Since the 1985 Oscar sweep, crowds have doubled at the Blixen manor, now restored as a national museum. A band of eucalyptus woodland, the Ngong Road Forest, still separates the cool, upland suburb from downtown Nairobi, at 1,700 m.

The mahogany-panelled rooms are plunged into a dim, natural light, filtered by paned glass and lace curtains. The house and grounds were presented to Kenya as an Uhuru (Independence) gift by the Danish government. A manicured walkway circles from Karen Road to the veranda where Blixen spun stories at sundown for guests, most especially Finch-Hatton.

There is a replica of the RCA Victor gramophone on which Streep/Blixen and Redford/Finch-Hatton played Mozart concertos – even on safari –, especially the Adagio of the Concert for clarinet and orchestra in A major, K. 622, a piece of gold amidst all the others that compose the film's soundtrack. There is the lantern that she hung outside to let him know she was home.

Floor-to-ceiling library shelves hold copies of Denys' books, each marked with a small brass plaque – DFH. Blixen's square corner bedroom, its white wooden bed swagged with mosquito netting, is at the end of a narrow hall. Blixen's actual bed belongs to her godson, long retired and living in Nairobi. The museum is hoping for a bequest. Most of her other possessions are in her museum in Copenhagen.

Blixen's repeated attempts to establish a coffee plantation were foredoomed because neither the soil nor the altitude was right for such a venture. Financial ruin finally sent her packing home to Denmark, where she wrote with such passion of her years in what was then British East Africa.


Now the acreage is a park of palms, Norfolk pines and columnar cypress, backed by the smoky blue Ngong Hills. The most startling plant is a ghostly-gray giant cactus, shaped like a candelabrum, an 82-year old candelabria euphorbia.

Across the grass and ducked into the bush, following a damp, shady path there's a clearing where a rusty contraption stands that could have been designed by Dr. Seuss, a coffee bean husker and sorter with oddball parts imported from Liverpool and Aberdeen.

As for the film, it was shot on the far side of the property in a sort-of-replica house built by Universal Studios. The real house was deemed too dark to use – especially the dining room where Blixen entertained by candlelight, treasuring her crystal and Limoges. After all, those were the foolish 20s, she was living in the middle of nowhere out there in the heart of Africa, but she was still a baroness anyway…»


According to her safari's program, Karla will be today on Rusinga Island – a paradise for the 270 species of local and migratory birds – on Lake Victoria…
Oh Lord, can you feel that dreadful jealousy eating you from inside out?!…
Enjoy it all lavishly, dear Karla! I'm looking forward to watching all the photos!

RIC (mainly edited)

16 comentários:

Anónimo disse...

Ah...as verdes colinas de África!
Por falar nisso, para quando um post(r)e sobre o Ernesto? :)

E como é que podia esquecer o Robert Redford, rsrsrssss?! ;)

Tongzhi disse...

Out of Africa é um dos meus filmes de referência.
Com imenso prazer trocaria de lugar com a Karla !

Oz disse...

A referência fez-me logo começar a viajar (a palavra safari quer dizer isso mesmo: viajar) e recuar no tempo. Também eu, em tempos idos, andei pelas verdes colinas (porque elas existem, de facto!) do Quénia e da Tanzânia...
Saudades!
Grande abraço.

Jack disse...

A beautiful place. I could see myself living there.

RIC disse...

Olá João M.!
Ou muito me engano ou diria que tiraste o dia de hoje para a alta provocação...
Referes-te ao Che? Se eu fosse mais decente do que de facto sou, já o teria feito há muito...
PARA QUE CONSTE.
Quanto ao Robert, há sempre gente muito distraída... Com uma chamada de atenção, ninguém escapa. Rsrs!
Abraço! :-)

RIC disse...

Olá Tongzhi!
Quanto ao filme estamos entendidos na perfeição!
Quanto a esta região de África - o planalto dos grandes lagos e o vale do Rift - seria, muito provavelmente, aquela onde eu me daria melhor. Para não falar das muitas belezas naturais, animadas a não animadas... Rsrsrs!
Abraço!

RIC disse...

Olá Oz!
Que bom, meu caro, que estas pequenas coisas que aqui vamos fazendo sirvam para, por exemplo, fazermos grandes viagens de memória. Por mim falo, que já tive oportunidade de partir e regressar por várias vezes...
Sorte a tua, meu caro!
Abraço! :-)

RIC disse...

Hello dear Joel!
I really don't know why, but I'd say exactly the same if you asked me...
The place must be magnificent, and I believe I could live there myself too...
Best wishes, dear friend!
Hugs!

Anónimo disse...

Por acaso não era o da boina, era mesmo o Hemingway (As verdes colinas de África), o das barbas, tequilhas, mojitos e cubas-libres, rsrssss...
Esse fazia-me esquecer o Redford. ;)
(Pronto, lá estou eu a provocar).

Anónimo disse...

Até que eu gostaria de conhecer a África. Mas, com todas as guerras que tem sempre em quase todos os países de lá, nem sei se vale a pena...

RIC disse...

... Pois é, desta vez as verdes colinas de África soaram nos meus ouvidos mais como uma referência objectiva ao local (como diz o Oz) do que como o título do romance. E, já agora, do filme... Meu Deus, agora vem um atrás do outro, sem fim à vista...
Quanto ao Hemingway, bem, ainda bem que os gostos diferem: JAMAIS conseguiria fazer-me esquecer o Redford!... E gosto mais dele nos tempos de «Paris é uma festa»...
Bem, lá vou eu sair disparado para França!
E o culpado és tu! À l'aide!!!

RIC disse...

Olá Carioca!
Compreendo-te perfeitamente. O mesmo se tem passado comigo ao longo destes «mais ou menos» trinta anos...
Mas há regiões de África que estão ao abrigo das convulsões que sabemos. E o Quénia, apesar de tudo, tem-se mantido bastante calmo e regular... Esperemos que assim permaneça!
Tudo bem contigo? Correu tudo bem?
Espero bem que sim!
Abração! :-)

Special K disse...

Peço desculpa mas comentei com o nick do meu amigo. Queria agradecer pela visita e pelo comentário. Não vou à marcha porque não sou grande adepto desse tipo de iniciativas. Não é por medo de ninguém, pois quase todos sabem quem eu sou. mas pode crer que nos encontramos no arraial.
Um abraço.

RIC disse...

Olá meu caro Special K!
Bem-vindo! E obrigado!
Como já esclareci no teu blogue, não se trata de ter medo seja do que for. Trata-se, isso sim, de também não apreciar muito o estilo nacional deste tipo de iniciativas e de considerar que poderei fazer melhor trabalho em prol dos direitos GLBT de outras formas mais consentâneas com a minha personalidade.
(Trato-te por tu, espero que isso não te incomode...)
Um abraço! :-)

Anónimo disse...

Este teu post trasporta-me de imediato ao filme "Out of Africa", como já foi referido.
E nos comentários já muito se falou de R.Redford, que nem é dos meus actores preferidos, mas ainda ninguémreferiu a sublime intérprete de Karen Blixen, a brilhante Meryl Streep.
Abraço.

RIC disse...

Olá João C.!
Pois, meu caro, o objectivo era mesmo esse: evocar «Out of Africa». A mim, não podes acusar de parcialidade, já que é dela que «falo» em primeiro lugar; o Robert Redford não passa de uma chamada de atenção...
Aliás, este édito começa tal como o outro sobre o filme: com a citação do início do romance, palavras fabulosamente ditas em «off» por Meryl Streep!
Espero que esteja tudo bem contigo! A análise do teu discurso mais recente leva-me a pensar que possas estar sob «estresse»...
Atenção, meu caro João! A vida são mesmo só dois dias... Há que nos preservarmos!
Abraço! :-)