sábado, 26 de maio de 2007

I. «Guantanamera»










Yo soy un hombre sincero
De donde crece la palma
Y antes de morirme quiero
Echar mis versos del alma.

Guantanamera,
Guajira Guantanamera.
Guantanamera,
Guajira Guantanamera.

Mi verso es de un verde claro
Y de un carmín encendido,
Mi verso es un ciervo herido
Que busca en el monte amparo.

Cultivo una rosa blanca
En julio como en enero,
Para el amigo sincero
Que me da su mano franca.

Con los pobres de la tierra
Quiero yo mi suerte echar.
El arroyo de la sierra
Me complace más que el mar.

"Versos Sencillos" de José Martí
y música de José Fernández Díaz




Un arroyo en la Sierra Maestra


«(…) Entre los posibles creadores de tan conocida canción además de Joseíto, están nuestro Apóstol José Martí, Julián Orbón, Héctor Angulo, Peter Seeger, Herminio 'Diablo' Wilson y Ramón Espígul.
José Pardo Llada, en su Diccionario de Nostalgias Cubanas escribió que "La Guantanamera no tiene autor conocido. Nació de la inspiración de algún trovador popular posiblemente de la provincia de Oriente, al cantar en homenaje a una guajira de Guantánamo. En 1961 un guitarrista, Leo Browder, cantó la Guantanamera con Versos Sencillos de José Martí y así se popularizó mundialmente"(…).»
(María Argelia Vizcaíno)

A Fidel Castro, el Comandante.
¡Para que se mantenga una parte del equilibrio en el Mundo!
¡Para que no se olvide a Guantánamo!

RIC

12 comentários:

T-Bird disse...

Oh I know all about this song. My last San Francisco roommate and friend Danilo explained the lingusitics of the word Guantanamera. I rememeber theh song. It was a hit here on top 40 radio in the 1960's.

RIC disse...

... And it became a symbol!...
Today I decided I would do some propaganda! For as long as Bush is in the White House, I'll be «advertising» for Fidel Castro. And remembering all those men who have been kept in Guantánamo for years now without any kind of possible trial!!!
Does anyone feel like lecturing me about democracy?...
Have a great weekend, Will! :-)

Maurice disse...

Caro Ric...

Guantánamo é uma vergonha. Por tudo o que lá existe e por tudo o que significa.
Mas também é uma ironia e uma metáfora: uma ilha do pior que o "imperialismo" pode produzir, dentro de outra ilha moribunda pelos desmandos del comandante. Sem esquecer os linchamentos sumários, os presos políticos, etc...etc...
É muita desgraça numa ilha só...

RIC disse...

Muito boa noite, caríssimo Maurice!

Muito obrigado pelo teu comentário!
Mas eu iria mais devagar com o andor, que o santo é de barro…
Os corações ocidentais balançam muito irregularmente: de um lado, lamentam o povo cubano sujeito aos desvarios e aos desmandos del Comandante, esquecendo-se da miséria horrenda dos anos 50, quando o Fulgencio Bautista fomentava a ocupação de tipo colonialista da ilha pelos EUA; do outro, a actual pilhagem inaudita de obras (de arte e outras) cubanas que a bem-vinda abertura veio permitir, ao descarregar milhentos de compadecidos e condoídos no paraíso de Varadero.
Pelos deuses do Olimpo!
Enquanto nos estabelecimentos prisionais dos EUA continuar a haver corredores da morte e nós continuarmos a assistir a execuções que, em grande parte dos casos, vem mais tarde a saber-se, foram fruto de decisões erradas, não me venham com os linchamentos sumários perpetrados em Cuba! Acaso haverá duas formas de matar seres humanos: uma, democrática e admissível e outra, ditatorial e condenável?
Quanto ao que continua a passar-se em Guantánamo, infelizmente nada posso dizer, fazer, acrescentar que viesse aliviar o sofrimento de anos daqueles seres humanos. São de facto terroristas? Então façam-lhes justiça: levem-nos perante um tribunal decente, julguem-nos e condenem-nos! Até isto acontecer, o Bush bem pode espernear, fazer o pino, o flique-flaque e o triplo mortal em relação a Cuba, que eu continuarei indefectível no meu apoio a Fidel Castro. A situação política cubana é assunto da exclusiva responsabilidade e competência dos cubanos, de mais ninguém!

(Sei que me perdoas por me ter servido do teu comentário para libertar a bílis. Nada – ou muito pouco… – nele me fez escrever este texto. Mas eu queria deixar aqui este registo. Foi um mero processo catártico… Sei que me compreenderás!… Desejo-te um óptimo fim-de-semana! As minhas desculpas! :-)

Maurice disse...

Caro Ric,

Fico contente por saber que tens bílis...:)
Percebo perfeitamente o que dizes. E reconheço-te alguma razão. Quanto ao que referes a respeito dos EUA, senhor Bush e companhia, plenamente de acordo.
Mas isso não me faz desculpar nem amolecer critérios em relação a Fidel. A estupidez de Bush não desculpa a sacanice de Fidel, nem vice-versa...
Dizes que a situação política de Cuba, aos cubanos diz respeito. De acordo. Mas não partilho a visão romântica sobre a revolução castrista.
Eu estive em Cuba. Pouco tempo, mas estive. E não gostei do que vi. Nada. E não falo de Varadero... Não digo isto para reivindicar nenhum tipo de autoridade (que não tenho) para me pronunciar. Apenas como uma experiência pessoal que confirmou o que já desconfiava: Cuba é um país adiado, a caír de podre, desesperadamente à espera que Castro morra...
Catarse com catarse se paga...:)

Forte abraço

Anónimo disse...

Estimado Ric,
Não pude deixar de ler os comentários e nomeadamente essa libertação da bílis.
Confesso não dominar a política e muito menos certas políticas.Como tal, não ouso entrar por aí.
Só gostaria de dizer que recentemente estive em Cuba e tive a infeliz (ou feliz?) oportunidade de prensenciar/viver duas ou três situações que por si só me levaram a questionar(-me) algumas coisas s/ este povo e afins, que até aqui eram dadas como sabidas e adquiridas (para mim, obviamente). Vim com a certeza, que nem tudo o que parece é. Acredita!

Com tudo isto, não estou de forma alguma, a ir contra aquilo que dizes, note-se. Espero sinceramente ter-me feito entender.

Bom Domingo!
Beijinhos. :-)

RIC disse...

Caro Maurice!
Obrigado pelo perdão e pela resposta!
A construção da sociedade comunista FOI o que foi, e contra evidências só se pode se se quiser ser cego. O que viste em Cuba é uma sociedade adiada, talvez não tanto pelos desvarios castristas como por muitas atitudes dos «ocidentais», apostados em desacreditar e fazer cair pela base o modelo. Não busco desculpas para o falhanço; procuro reunir todos os factos que corroboram o falhanço. Só isso.
Quanto à sociedade «paradigmática» (mas não exemplar!) dá-me muito que pensar que 10% da sua população seja considerada miserável... Não me parece que a predação tubarónica entre humanos alguma vez tenha conduzido à criação de uma sociedade «aceitável»... Mas este é outro assunto!...
Um belo domingo para ti, Maurice, e obrigado! :-)

RIC disse...

Minha querida Carla! Boa noite!
Foste subtil quanto baste para que eu possa ler as tuas palavras de duas maneiras que são antagónicas... Mas isso não é o mais importante.
Os meus sonhos há muito que se desmoronaram no que a esta questão diz respeito: tinha eu 17 anos e aconteceu na então Berlim Oriental... O resto, de 1980 em diante, só veio confirmar as certezas que a cidade me dera...
A minha defesa de Fidel será romântica, como bem diz o Maurice, e eu tenho consciência disso. Mas não será a sociedade do dinheiro para tudo e mais alguma coisa que virá resolver os nossos problemas. A título de exemplo, direi que Portugal tem decerto mais dinheiro do que Cuba e, no entanto, a actividade cultural da sociedade cubana suplanta a nossa com a maior das facilidades...

Para ti, minha cara, um excelso domingo! Bem o mereces! :-)

PS - Podes - e deves! - contradizer-me, desdizer-me, contrariar-me, deitar-me abaixo sempre que for esse o teu entender, 'tá? Assim é que «isto» tem piada! Rsrsrs!

T-Bird disse...

Bush will get what he deserves. Just you wait. It may be years from now, but karma will strike.

RIC disse...

Hello Will!
Well, I believe I must agree with you now, specially after this Fidel's romantic defense of mine...
No matter what he has NOT done for Cubans, Fidel did anyhow turn into a myth, maybe not of the best kind, but even so...
:-)

Anónimo disse...

Caro Ric
sempre me ensinaram que há dois assuntos muito delicados para entrar em polémicas, pois as convicções de cada um são de respeitar e é neles que devemos empregar uma das mais nobres palavras da nossa língua: tolerância!
Isto a propósito das palavras tuas e do maurice, e também da Carla, como tu muito bem dizes, de uma forma mais subtil.
Eu nunca estive em Cuba, mas tenho por tudo o que li, vi e entendi uma visão razoàvel da revolução cubana, da sua evolução e do seu actual estado.
Necessária foi, com certeza e precisaria dalguém, cujo perfil seria muito bem o de Fidel; a sua ideologia, fácil de transmitir a um povo carente de "igualdades" foi durante anos intocável, e os rublos da ortodoxia soviética, sempre esconderam muita coisa.
Com a queda do regime da URSS, Fidel tornou-se um bastião, quase único dessa ideologia, e se de facto muita coisa de bom havia e há em Cuba, (educação, saúde, cultura, etc.) também se começaram a notar os normais desgastes de um regime totalitário, demasiado longo. Fidel estará hoje ultrapassado pelo tempo e todos os cubanos sabem que Cuba sem Fidel, não será NUNCA, a mesma.
Há que reconhecer que não é fácil resistir a um bloqueio económico tão feroz como aquele que lhes é imposto, mas a liberdade, meu caro Ric, conquista-se e usa-se, não se deve ficar dono dela e não a ofertar ao povo, que parece que é o que sucede actualmente em Cuba.
Enfim, ficaríamos horas a falar disto, e não mudaríamos as convicções que cada um tem.
Ah, já me esquecia; o outro assunto, é a religião..Abração.

RIC disse...

Olá João C.!
Disseste de tua justiça e muito bem!
Se quiseres, faço a apologia não do regime cubano, mas sim da figura mítica do Comandante.
Quanto à questão da liberdade, os factos são indesmentíveis. Mas eu tenho hoje sérias dúvidas quanto ao que significa «liberdade» bos EUA... É de certeza uma concepção diferente da minha.
Fidel yem um lugar na História, mais por boas que por más razões. Disto não duvido.
Um abraço! :-)