O que terá sido aquela Primavera em Amesterdão – memória cada vez mais ténue, mais sombria – é a pergunta que me fui repetindo sem cessar, e à medida que a dúvida ia aumentando, a resposta tornava‑se mais evasiva. Era Abril. Um frio desconsolado e húmido permanecia colado às roupas e ao corpo, e um sol de gelo reverberava igual a vidro estilhaçado na água das poças que as buien, aqueles constantes e intensos aguaceiros da Primavera neerlandesa, mantêm cheias nos passeios e nas ruas. Saí do Museu Real Vincent van Gogh a meio da manhã com o desejo irresistível de beber um bom café bem quente, na condição inegociável de ser preparado à moda do sul. Um saboroso e bem servido café duplo, a ver se me aquecia a alma e afastava de vez aquela sensação de humidade pegajosa e fria agarrada à pele. A razão de um desejo tão forte estava também naquelas telas cheias de cor e de luz que me haviam iluminado a manhã. As paisagens do sul ao sol forte e as cores quentes e secas, tão ausentes daquele norte tão invernoso e molhado, acicataram ainda mais o desejo intenso e repentino de sol e de sul. Uma saudade.
Seguia ao longo do Singelgracht e procurava um bar ou um café onde me pudesse enfim sentar e descansar um instante, depois da longa caminhada pelo museu. Cheguei a pensar que só sairia de lá a meio da tarde, tantas eram as telas para apreciar com toda a calma, ao longo de um número infindo de salas e mais salas. E numa esquina, do outro lado do canal, avistei por fim um café. A poucos metros havia uma ponte que depressa atravessei e fui‑me aproximando. Tinha um nome curioso, com que entretive o espírito – «De oude boom» – a velha árvore. Havia realmente uma grande árvore em frente, de aparência centenária, mas em Inglês aquele nome fazia‑me sonhar com estrépitos, aumentos, expansões e crescimentos. Agradou‑me a divagação. Entrei e sentei‑me a uma mesa com vista para o canal e a ponte, ocasião rara numa grande cidade, e começava a apreciar a paisagem, enquanto soava em fundo o concerto La Primavera de Antonio Lucio Vivaldi. Havia mesmo que invocá‑la com insistência, fui‑me dizendo, que ela parecia esquecida da cidade e do país. E nisto já tu me perguntavas «can I help you?» Não, de ajuda não precisava, pensei, mas tão‑pouco era esse o sentido da pergunta. O que eu precisava, disse, era de um bom café preparado à moda do sul, se houvesse ali alguém que o soubesse fazer. «Eu vou‑lho preparar, sei bem como é, à francesa, não é?» Não é bem, é um bocadinho mais para sul, respondi sem querer adiantar pormenores. «Ah bom, à italiana?! Um espresso então!» Ah não! Tudo menos um dedal de café! Nem pensar! Queria uma chávena bem grande e bem cheia, e o café de máquina com aquela espuma cremosa e muito aromática como o espresso, mas não tão forte. Um café duplo, ou um abatanado, como se diz em Lisboa, ou o que for, saiu‑me por fim sem dar conta. E, como se naquele instante um raio me fulminasse, a tua resposta pronta fustigou‑me. Num português sem sotaque, que eu estava longe de ouvir ali, naquele café, disseste «é pra já, perfeitamente», ao mesmo tempo que um sorriso solar se espraiava pelo teu rosto. Fiquei um instante atónito, mas logo me recompus. Afinal, sempre encontrara portugueses nos cantos mais remotos do mundo. Encontrar‑te ali não era motivo de espanto. Naquela cidade, tão diversa e tão cativante, agradou‑me a ideia de poder falar com alguém em Português, depois de quase um mês de silêncio forçado. Não era muito o serviço àquela hora, e ficámos ao balcão a conversar até ao almoço, quando acabaste o teu turno e propuseste irmos a um restaurante de um teu amigo, no Damrak. Quando saímos, começou em fundo suave a sinfonia Le Midi, de Franz Joseph Haydn. Batiam certo, o relógio musical com o de pulso. Pelo menos, com o meu.
Já não ameaçava chover, e por entre nuvens leves que se iam dissipando começava enfim a romper um sol que era sol e que, ao bater‑te em cheio no rosto, me fez sentir um alvoroço que não pude disfarçar. Um belo rosto oval de traços bem definidos, um cabelo ondulado e solto de um invulgar louro dourado muito mais luminoso do que aquele sol desmaiado, um nariz rectilíneo, fino, perfeito, uns lábios desenhados e cheios, com um trejeito trocista que se pressentia a todo o momento no sorriso e uns olhos que riam antes do sorriso, gaiatos, grandes, levemente amendoados e de um azul mais intenso que qualquer céu estival do sul. E as mãos, ah as tuas mãos, essas só poderiam ser servas de uma qualquer arte! Ao moverem‑se, ao pousarem sobre um objecto, iam desenhando no ar figuras breves e discretas, naturais e elegantes, graciosos arabescos rendilhados, até se imobilizarem e o encanto do instante anterior se desvanecer como por magia, como se não se tivessem sequer mexido. Assim se desatou a sedução, que mais não era preciso. Nunca nos viramos para trás no preciso instante em que o destino, ou o que for, nos desafia. A descoberta do corpo, que fazia jus ao rosto, ficou para mais tarde. Mas não muito. Quem engonha, envergonha. Tinhas pouco mais de trinta anos, mas ninguém te daria mais de vinte e poucos. Quando acabámos o almoço, não sei se ainda estava apenas enlevado e enamorado, se era já uma paixão de labaredas atiçadas que me consumia sem remédio. Rendi‑me.
Os dias seguintes foram de revelação. Eu, de mim e do caminho que me levara ali, e tu, de ti e do percurso que te fizera trocar Lisboa por Paris e, depois, por Amesterdão. Entre os passeios pela cidade e os afazeres profissionais, fomo‑nos desvendando em conversas infindáveis a passo acelerado de corrida, e do teu passado fiquei a saber o que a memória me permitiu reter. Deve ter sido este também o teu sentir, mas nunca poderei sabê‑lo. Um lento passeio de barco pelo Amstel e pelos grachten, aqueles estreitos canais urbanos e ruas aquáticas adjacentes, foi o cenário escolhido para ouvir a história dos teus cinco longos anos de viandante. Uma primeira entrada falhada em Belas‑Artes deixou‑te um confuso sentimento misto de impotência, raiva e culpa, sem saberes o que fazer com o vazio que de repente se abria à tua frente. A adolescência já estava longe, mas a juventude era ainda recente, e voltaste a tentar no ano seguinte. E de novo foi o fracasso. Vergaste‑te à frustração e não quiseste reconhecer que aquela admissão, além de dotes artísticos que claramente revelavas, dependia também de conhecimentos e saberes que recusavas aceitar como necessários. Terá sido sempre esta a tua fragilidade, a fraqueza de toda uma geração que se deixou convencer que a vida é um despreocupado passeio de namorados ao sol primaveril por um jardim sempre florido. Nada se aprende ou se obtém, na escola como na vida, a não ser que se queira. E querer é esforço. O lúdico vem depois, com o contentamento radiante da descoberta e do triunfo, que leva sempre mais além, a uma nova descoberta e a um novo triunfo. É esta a subtil diferença essencial entre o sacrifício absurdo e escusado, que escraviza, e o trabalho aturado e construtivo, que liberta.
RIC
[A 2.ª parte, ainda esta semana.]
Seguia ao longo do Singelgracht e procurava um bar ou um café onde me pudesse enfim sentar e descansar um instante, depois da longa caminhada pelo museu. Cheguei a pensar que só sairia de lá a meio da tarde, tantas eram as telas para apreciar com toda a calma, ao longo de um número infindo de salas e mais salas. E numa esquina, do outro lado do canal, avistei por fim um café. A poucos metros havia uma ponte que depressa atravessei e fui‑me aproximando. Tinha um nome curioso, com que entretive o espírito – «De oude boom» – a velha árvore. Havia realmente uma grande árvore em frente, de aparência centenária, mas em Inglês aquele nome fazia‑me sonhar com estrépitos, aumentos, expansões e crescimentos. Agradou‑me a divagação. Entrei e sentei‑me a uma mesa com vista para o canal e a ponte, ocasião rara numa grande cidade, e começava a apreciar a paisagem, enquanto soava em fundo o concerto La Primavera de Antonio Lucio Vivaldi. Havia mesmo que invocá‑la com insistência, fui‑me dizendo, que ela parecia esquecida da cidade e do país. E nisto já tu me perguntavas «can I help you?» Não, de ajuda não precisava, pensei, mas tão‑pouco era esse o sentido da pergunta. O que eu precisava, disse, era de um bom café preparado à moda do sul, se houvesse ali alguém que o soubesse fazer. «Eu vou‑lho preparar, sei bem como é, à francesa, não é?» Não é bem, é um bocadinho mais para sul, respondi sem querer adiantar pormenores. «Ah bom, à italiana?! Um espresso então!» Ah não! Tudo menos um dedal de café! Nem pensar! Queria uma chávena bem grande e bem cheia, e o café de máquina com aquela espuma cremosa e muito aromática como o espresso, mas não tão forte. Um café duplo, ou um abatanado, como se diz em Lisboa, ou o que for, saiu‑me por fim sem dar conta. E, como se naquele instante um raio me fulminasse, a tua resposta pronta fustigou‑me. Num português sem sotaque, que eu estava longe de ouvir ali, naquele café, disseste «é pra já, perfeitamente», ao mesmo tempo que um sorriso solar se espraiava pelo teu rosto. Fiquei um instante atónito, mas logo me recompus. Afinal, sempre encontrara portugueses nos cantos mais remotos do mundo. Encontrar‑te ali não era motivo de espanto. Naquela cidade, tão diversa e tão cativante, agradou‑me a ideia de poder falar com alguém em Português, depois de quase um mês de silêncio forçado. Não era muito o serviço àquela hora, e ficámos ao balcão a conversar até ao almoço, quando acabaste o teu turno e propuseste irmos a um restaurante de um teu amigo, no Damrak. Quando saímos, começou em fundo suave a sinfonia Le Midi, de Franz Joseph Haydn. Batiam certo, o relógio musical com o de pulso. Pelo menos, com o meu.
Já não ameaçava chover, e por entre nuvens leves que se iam dissipando começava enfim a romper um sol que era sol e que, ao bater‑te em cheio no rosto, me fez sentir um alvoroço que não pude disfarçar. Um belo rosto oval de traços bem definidos, um cabelo ondulado e solto de um invulgar louro dourado muito mais luminoso do que aquele sol desmaiado, um nariz rectilíneo, fino, perfeito, uns lábios desenhados e cheios, com um trejeito trocista que se pressentia a todo o momento no sorriso e uns olhos que riam antes do sorriso, gaiatos, grandes, levemente amendoados e de um azul mais intenso que qualquer céu estival do sul. E as mãos, ah as tuas mãos, essas só poderiam ser servas de uma qualquer arte! Ao moverem‑se, ao pousarem sobre um objecto, iam desenhando no ar figuras breves e discretas, naturais e elegantes, graciosos arabescos rendilhados, até se imobilizarem e o encanto do instante anterior se desvanecer como por magia, como se não se tivessem sequer mexido. Assim se desatou a sedução, que mais não era preciso. Nunca nos viramos para trás no preciso instante em que o destino, ou o que for, nos desafia. A descoberta do corpo, que fazia jus ao rosto, ficou para mais tarde. Mas não muito. Quem engonha, envergonha. Tinhas pouco mais de trinta anos, mas ninguém te daria mais de vinte e poucos. Quando acabámos o almoço, não sei se ainda estava apenas enlevado e enamorado, se era já uma paixão de labaredas atiçadas que me consumia sem remédio. Rendi‑me.
Os dias seguintes foram de revelação. Eu, de mim e do caminho que me levara ali, e tu, de ti e do percurso que te fizera trocar Lisboa por Paris e, depois, por Amesterdão. Entre os passeios pela cidade e os afazeres profissionais, fomo‑nos desvendando em conversas infindáveis a passo acelerado de corrida, e do teu passado fiquei a saber o que a memória me permitiu reter. Deve ter sido este também o teu sentir, mas nunca poderei sabê‑lo. Um lento passeio de barco pelo Amstel e pelos grachten, aqueles estreitos canais urbanos e ruas aquáticas adjacentes, foi o cenário escolhido para ouvir a história dos teus cinco longos anos de viandante. Uma primeira entrada falhada em Belas‑Artes deixou‑te um confuso sentimento misto de impotência, raiva e culpa, sem saberes o que fazer com o vazio que de repente se abria à tua frente. A adolescência já estava longe, mas a juventude era ainda recente, e voltaste a tentar no ano seguinte. E de novo foi o fracasso. Vergaste‑te à frustração e não quiseste reconhecer que aquela admissão, além de dotes artísticos que claramente revelavas, dependia também de conhecimentos e saberes que recusavas aceitar como necessários. Terá sido sempre esta a tua fragilidade, a fraqueza de toda uma geração que se deixou convencer que a vida é um despreocupado passeio de namorados ao sol primaveril por um jardim sempre florido. Nada se aprende ou se obtém, na escola como na vida, a não ser que se queira. E querer é esforço. O lúdico vem depois, com o contentamento radiante da descoberta e do triunfo, que leva sempre mais além, a uma nova descoberta e a um novo triunfo. É esta a subtil diferença essencial entre o sacrifício absurdo e escusado, que escraviza, e o trabalho aturado e construtivo, que liberta.
RIC
[A 2.ª parte, ainda esta semana.]
22 comentários:
O que tu foste encontrar em Amesterdão... Eu lá só vejo drogados e turistas. Mas sou suspeito, que nunca gostei da cidade... ;)
Quando estava a abrir esta página, pensava que poderia ser teu o comentário... Só não acerto no Euromilhões... (Porque me esqueço sempre de jogar...)
Meu caro Me, o exagero é bom em contexto artístico; noutros, nem por isso. Amesterdão não será a minha cidade holandesa preferida, mas também não é assim tão má...
E depois, este texto não é nem um relato autobiográfico nem uma notícia... Se de facto encontrei o que encontrei, só o RIC o saberá...
Um grande abraço, Me!
Groetjes! :-)
Eh pá, vai já jogar! :)
Eu também encontro muita beleza em Amesterdão, obviamente. Na arquitectura e nos canais, nomeadamente. Mas há o outro lado, que não me permite gostar da cidade. Gosto tanto mais das cidades belgas... Bruxelas, então!
Fico a aguardar a parte II!
Groetjes!
Já percebi! Tens um gosto e uma sensibilidade mais clássicos. De Bruxelas nunca consegui gostar por aí além, mas gosto muitíssimo de Brugge e Gent. Até mesmo de Antuérpia...
Na Holanda - e como diz o outro - «fui muito feliz» em Utreque. E dei umas aulas bem divertidas sobre Fernando Pessoa em Oss, próximo de Nijmegen... Belos tempos!
(Vai ver a minha proposta de «insulto ao hétero» e diz-me o que pensas! Rsrsrs!) :-)
Espreitei ontem à noite, pela primeira vez. Como era tarde e o dia tinha sido comprido, resolvi que era melhor deixar para hoje. Em vez de ir almoçar, fiquei por aqui a ler.
Gosto de coisas bem escritas e estórias bem contadas.
Gostei particularmente da conclusão da primeira parte. Agora vou esperar a segunda.....
Entretanto, posso juntar-te ao meu pote de mel??? LOL
Meu caro Teddy Bear, bem-vindo! Urso que se preza não faz jejum! Cuidado! (Rsrsrs!)
Obrigado! A conclusão desta parte é um bocado doutrinária e fica assim meio no ar... Mas como esta história é longa demais, tinha de a partir algures...
No Sábado podes contar com a 2.ª parte! Promessa!
Oh sim, estás à vontade para me juntar ao que bem entenderes... A um pote de mel sabe sempre bem, guloso como sou...
A sério, claro que sim e obrigado!
:-)
Eu li após o almoço.
Mas que excelente sobremesa :)
Para além daquelas coisas que todos dizem - bem escrito, interessante, que nos prende - sobre o texto, eu acrescento o que vais complementando na resposta aos comentários.
"E depois, este texto não é nem um relato autobiográfico nem uma notícia... Se de facto encontrei o que encontrei, só o RIC o saberá..."
Esta é de mestre...
Deixa qualquer curioso (como eu) e não só, "roído"...
Abraço
Olá Tongzhi! Boa tarde, meu caro!
Quando estava a escrever essa frase estava a lembrar-me de alguns textos de Pessoa que fui lendo ao longo dos anos... Fica sempre um lastrozinho que, às vezes, dá para umas brincadeiras que até parecem mais ou menos sérias... Nada mais.
Quanto à «acção» em Amesterdão, veremos o que o visitante do museu conseguiu - ou não...
Abraço!
Interessante de ler, sim senhor...
Sensata conclusão, sem mais comentários, gostei.
OLá!
Gosto da forma como enlaças e dás ritmo às palavras.
A descrição das mãos está particularmente feliz.
Fico à espera da segunda parte que, parece, está prometida para sábado...
Abraço
apaixonarmo-nos em amesterdão deve ser inigualável! eu amei a cidade, o espírito e os ares (que, quando lá estive, não eram tão frios como os que experimentaste, embora o cachecol não largasse o meu pescoço). fico à espera de sábado! :) congrats, pal.
olá rapaz. vi-te pelo blogue do outro e vou-te linkar no casa de osso também.
e estou mais para achar que amesterdão é um cliché. amar de verdade é incrível onde o desejo surja por natureza, e não onde todos os impulsos nos levam a pensar que não podemos escapar dele.
sou mais de paris, pela grande música, pela grande pintura. de praga, pelo lugubre deslumbrante, de viena, de florença, de barcelona... sou mais de onde está a grande cultura universal e quem se ama não se aparta em guetos fechados cheios de medo.
ei, isto não é uma crítica. é só um modo de ser. abraço
Olá Lampejo! Obrigado! A história vai prosseguir sem mais «tiradas doutrinárias». Mas a verdade é que elas às vezes fazem falta...
Abraço!
Olá Maurice! É tão curioso como vamos construindo uma imagem mental dos diversos bloguistas, à medida que os vamos «conhecendo»!
Vem isto a propósito de teres especialmente atentado na descrição das mãos que, confesso-o, me deu grande gozo escrever. As sensibilidades revelam-se das formas mais inesperadas...
Sábado será! Promessa é dívida!
Um abraço!
Obrigado, Tiago! Sábado será!
Amesterdão é, nesta história, mero pretexto, mas reconheço que é um espaço único. Conheço-a com alguma neve, tal como com o calor do Verão (os mosquitos...).
É uma cidade fantástica!
Um abraço! :-)
Olá VHM! Bem-vindo!
... «Quem se ama não se aparta em guetos fechados cheios de medo»?! Esta - vais desculpar-me - mas passou-me completamente ao lado... Hoje, qualquer cidade que se refira como cenário de encontros amorosos está condenada a passar por cliché. Até Beirute ou Marraquexe... Talvez ainda escapem Bagdade e Cabul, por razões óbvias...
Já não tenho idade para esses números de guetos, nem na ficção nem na vida real. Quanto a espaços para o amor, Lisboa continua a ser o meu preferido. Afinal de contas, é aqui que vivo...
Obrigado pelo link!
Um abraço! :-)
Por mim, era já hoje a 2ª parte!
Quero também salientar a descrição das mãos...Está «brutal»! Ou não fosse eu uma entusiasta de mãos, pés...(Cala-te 'menina'!)
Resta-me ficar expectante até Sábado.
Beijinhos! :-)
Olá, querida Carla! Pois é, poderia ser, mas ficava um bocado pesado, tudo de seguida...
Ah então há aqui também fetiches em jogo, hein! Às vezes sou mesmo lerdo... É óbvio...
Sábado será! Promessa é dívida!
Beijinhos! :-)
Ai estes meus atrasos...
Como tenho imensas coisas para ler, pensei comentar apenas a 2ª.parte, tipo 2 em 1, mas resolvi que falaria da história quando ela acabasse (?) e agora diria algo sobre essa cidade, que visitei pela primeira vez em pleno deslumbre de um final de adolescência de descobertas e me fascinou ( nos princípios dos 60's, Amsterdão era o máximo; mais tarde, já com a "escola" toda gozei plenamente todo o seu potencial homoerótico, por 2/3 vezes e agora voltei, há um ano e picos e Amsterdão apenas continua bela, pois de resto perdeu todo o encanto.
A propósito deste teu texto, tenho uma história maravilhosa para contar um dia, que se passou em Amsterdão...
Abraços
Olá João! Já lá não vou há alguns anos... Parece - infelizmente - que também as grandes e belas cidades europeias já não são o que eram... Paris, estranhamente, conseguiu desiludir-me um pouco aquando da minha última visita...
É a própria Europa em mudança acelerada, creio eu...
Ah, eu quero ler essa saga amesterdamesa, por favor! Pensa nisso, está bem?
Um abraço amigo!
What's with all the canal photographes?!
Hello Joel! Congrats on your curiosity!
It has to do with a story I wrote about a love affair that begins in Amsterdam. Hence the canals...
:-)
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