sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Doris Lessing – LNPW (*) 2007


(*) Literature Nobel Prize Winner

She was described as «that epicist of the female experience, who with scepticism, fire and visionary power has subjected a divided civilisation to scrutiny».

Exposing the Extraordinary in the Ordinary

«Doris Lessing's career shows that a strict pattern of formal schooling is not the only way to success. Lessing was born in Persia (now Iran), to British parents, but her family moved to Southern Rhodesia (now Zimbabwe) in hope of a better future. However, that future never really materialized and Lessing's childhood was difficult. She ended formal schooling at fourteen, largely educating herself through voracious reading, and left home at fifteen. A lifelong critic of colonialism and racism, she eventually moved to London in 1949.

Given that Lessing has many points of origin, it is perhaps not surprising that she can create such an intense sense of place in her writing. She has written over fifty books, starting with The Grass is Singing, set in Africa, and her output includes novels, short stories, a graphic novel, plays, non-fiction, and two operas with Philip Glass.

Possible starting points for readers unfamiliar with her work might be the Martha Quest-series of novels and Time Bites, a collection of essays published in 2004. In the 1980s, she published two novels under the pseudonym Jane Somers, to prove just how difficult it is for an unknown name to get their work published: both novels were rejected by Lessing's usual publisher!

Lessing has said that writing enables her to take something that is raw and unexamined and give it general significance. Her writing is clearly in the tradition of Dickens, Tolstoy and Dostoyevsky, the writers she read as a teenager, with its strong ethical focus and engagement with society. Indeed, perhaps her most famous novel, The Golden Notebook, a dissection of a woman's psyche which is torn between emotional, social and creative demands, has been very influential on feminism.

Writing, Lessing says, also gives her freedom – a freedom revealed in her willingness to probe conventions, to give voice to the repressed, dismissed, and inarticulate, but also displayed in her willingness to experiment. She has mixed high literature with more popular forms, like science fiction, and has daringly employed strange combinations of time-schemes, perspective, allegory, and naturalism in an attempt to access what she sees as the deeper reality of mysticism, dreams and even madness.

Describing her perspective on her own life as constantly changing, Lessing always remains open to new ideas and possibilities.»

Georgia Brown, for Nobelprize.org

… I just adore an old woman's smiling face!
Congratulations, dear Doris!

RIC

14 comentários:

r.porter disse...

Olá Ric,
estou de volta!
acho que o Nobel está muito bem entregue e ela é realmente uma senhora com um ar adorável e um sorriso fantástico.
Apetece dar beijinhos, tem mesmo ar de "super-avózinha".
Já vi que alteraste o frase da auto-distinção, boa! e que brilhaste em todos os éditos como tão bem nos tens habituado.
Beijinhos também para ti, meu querido.
Yo

RIC disse...

Olá minha querida Yo!
Já me tinha perguntado se acaso tinhas partido para outras paragens... Sê bem reaparecida!
Também me parece que foi bem atribuído, sobretudo atendendo à obra de toda uma vida, que conheço pouco e mal. Aliás, nos últimos anos tem-se dedicado à ficção científica, o que até «pega com» essa tua designação de «super-avozinha»... Rsrs!
Quanto às tuas gentis palavras, foram para mim um Nobel! Rsrs! Muito obrigado!
Muitos beijinhos ternos! :-)

MrTBear disse...

Não conheço, mas se dizes que está bem, é porque deve estar.

Terá alguma obra traduzida???
(quanto à questão D. Manuel / D. João, deixei alguns comentários no blogue. cá para mim fica Manuel 1 - João 1) LOL
Abraço

RIC disse...

Olá Teddy Bear!
Obrigado pela confiança! Não digo que não houvesse outros nomes - e outras obras, sobretudo! - que não me agradassem bem mais e melhor, mas a dela é sem dúvida consagrada. Só a lista de prémios recebidos!...
Ainda não consegui esclarecer se alguns títulos que sei que foram traduzidos ainda estarão disponíveis. O eterno problema das edições portuguesas...
(Quanto aos reis, fiquei tão confuso que cheguei a pensar que até poderia ser D. João III!!! Imaginas tamanho disparate??? Rsrs! Vou então ler a tua resposta.)
Um abraço para ti também! :-)

GMaciel disse...

Confesso desconhecer a escritora, aliás, desconheço tantos outros que me surpreendo mais e mais. É o tempo que nos vai faltando?
:(
E eu que nunca li, apenas devorei livros, varava noites e só quando sentia a claridade através das persianas é que percebia que tinha passado a noite a ler. Depois? Depois era ir para as aulas com uma valente pedrada de sono ou, caso fosse fim-de-semana, rezar para que a minha mãe me deixasse dormir um pouco.
:)
Agora é tudo mesno o tempo que disponho para mim.
Mas como quem corre por gosto...
:)
Fico pela tua palavra e vou ver se arranjo qualquer coisa dela - simpática e com um ar enternecedor.
:)
jocas grandes

Catatau disse...

Confesso a minha total ignorância sobre a obra desta escritora, mas vou ver se leio alguma das sugestões.
Realmente tem um ar de vóvó, daquelas que faz scones, bolos maravilhosos, chás de tudo e mais alguma coisa e barra compotas caseiras em tostas. Ora, se além de tudo isto, ainda escreve bem, quem sou eu para questionar o galardão?! Rsrsrsrs ;)

Tongzhi disse...

Para mim também era uma desconhecida. Vi ontem um programa sobre ela e, sobretudo, uma entrevista que me agradou bastante...
Deu-me a ideia que é uma mulher com "os ditos" no lugar!!!!

RIC disse...

Olá querida Graça!
Por causa desse «vício» de varar as noites a ler, ainda há poucos anos tive de atravessar a Portela a correr que nem um maluco se não quis perder o voo para Paris! Rsrs! Passei a noite a ler «O Pêndulo de Foucault» e a primeira vez que olhei para o relógio faltava hora e meia para o avião descolar... Sou maluco, sou, podes bem dizê-lo! Rsrs!
Lembrei-me entretanto que há uma colecção da D. Quixote que - parece-me... - publicou pelo menos um romance dela. Mas não garanto!
Também gosto muito do ar dela!
Bom fim-de-semana e um beijinho!
:-)

RIC disse...

Olá caro João!
Rsrsrs! Adorei a descrição «enternecedora» da vovó britânica! Deliciosa em todos os sentidos!
«O Caderno Dourado» foi o grande salto para a celebridade, no início dos já muito idos de 60. Parece continuar cheia de genica e a escrever desalmadamente! «Good for her»!
Espero que encontres o que melhor te agradar!
Excelente fim-de-semana!
Abraço! :-)

RIC disse...

Olá caro Tongzhi!
Ah deve tê-los, sem dúvida, meu caro! Tanto quanto fiquei a saber, chegou a ser um ídolo das feministas! E fez um percurso muito pessoal - e muito curioso - em termos de ideias.
Creio que também vi a mesma entrevista e gostei muito do que vi e ouvi: por exemplo, recusar o título de «Dame of the British Empire» (por já não haver Empire nenhum) não é qualquer uma que o faria... Só as mordomias inerentes...
Aproveita bem o fim-de-semana!
Um abraço! :-)

Shadow disse...

Também não conhecia esta escritora , até ontem ter lido no DN, " Doris Lessing foi às compras e de volta a casa tinha um Nobel ".
Parabéns a esta Senhora com ar de «avozinha pacata»! :-)

Bom fim-de-semana!
Beijinhos :-)

(Pelo que li, a maior parte da obra de D.L. publicada entre nós está esgotada há muito. Dia 19, chega às livrarias ,atráves da Presença, «O sonho mais doce». Quem estiver interresado, já sabe...corra! )

RIC disse...

Olá querida Susana!
(Já percebi...) :-(
Muito obrigado - por mim e por todos - pela actualização das referências bibiográficas! Nada que me surpreenda, infelizmente... Vendem ao desbarato o que chamam «restos de colecção» e depois ficam sem as obras em stock! Haverá alguém que me explique o sentido desta «política editorial?...
«The Sweetest Dream» é um romance recente: a edição britânica data de 2001.
Lá ar de avozinha tem ela, mas ser pacata é coisa que não se ajusta muito ao feitio da senhora, parece... Rsrs!
Excelente fim-de-semana para ti também!...
Um beijinho terno! :-)

Special K disse...

Quase no fim da sua vida e quando já não esperava foi finalmente galardoada. A partir de agora vai de certeza passar a ser mais conhecida.
Gostei do Prémio Nobel da Paz ainda assim deveria haver entre os outros candidatos alguém com maior mérito. Este é cada vez mais o prémio mais político de todos os nobeis.
Um abraço

RIC disse...

Olá caro Paulo!
É curioso que, aos poucos, e à medida que vou lendo alguma coisa sobre ela, alguns episódios que ela protagonizou me têm vindo à memória. Pena é que conheça tão mal a obra dela... Como aliás uma boa parte da literatura de língua inglesa... Não se pode acorrer a todos os fogos, acho eu...
Quanto ao Al Gore, tenho as minhas dúvidas quanto à pertinência e à actualidade do prémio. A não ser que a «jogada» de Estocolmo seja mesmo «mexer com» as cabeças dos norte-americanos... Neste sentido, talvez seja até muito bom! Veremos!
Um abraço para ti também! :-)