Desenho de Leopold Kupelwieser, 1813
O compositor austríaco do Romantismo nasceu a 31 de Janeiro de 1797 em Himmelpfortgrund – hoje parte do município distrital vienense de Alsergrund – e faleceu a 19 de Novembro de 1828, em Viena.
Em audição:
Trio para piano, violino e violoncelo n.º 2 em Mi bemol maior, op. 100, Deutsch 929, 2.º Movimento, andante con moto
Trata-se de uma canção folclórica sueca do género marcha, cujo tema atravessa todo o movimento.
Segundo o manuscrito original pertencente à família Wittgenstein, este trio foi escrito em Viena, em Novembro de 1827.
A sua primeira execução pública decorreu no mês seguinte, na imponente sala vienense do Musikverein. Uma segunda execução, organizada pelo próprio compositor, teve lugar na mesma sala em Março de 1828.
A banda sonora de Barry Lyndon (1975) de Stanley Kubrick (com Ryan O'Neal e Marisa Berenson) contribuiu para a divulgação junto do grande público não melómano de várias composições e compositores ditos eruditos, como aliás outros realizadores e outros filmes o haviam já feito, faziam e continuaram a fazer, como por exemplo:
• Luchino Visconti, Morte a Venezia (1971), Adagietto da 5.ª sinfonia de Gustav Mahler;
• Claude Lelouch, Les Uns et les autres (1981), Bolero de Maurice Ravel;
• Sydney Pollack, Out Of Africa (1985), Adagio do concerto para clarinete e orquestra em Lá maior de Wolfgang Mozart.
A versão que se ouve é a adaptação feita para o filme por Leonard Rosenman, e tocam:
• Ralph Holmes, piano;
• Moray Welsh, violino;
• Anthony Goldstone, violoncelo.
Para os muitos mais pormenores envolvendo a vida e a obra de Schubert é só começar pela Wikipédia, por exemplo. O texto alemão é, a meu ver, muitíssimo completo, mas o inglês não lhe ficará muito atrás.
Quanto ao desenho que abre este édito, escusado será dizer que é muito controverso: poucos acreditam tratar-se do verdadeiro Schubert aos 16 anos, atendendo a toda a iconografia posterior existente que nos mostra o músico bem menos favorecido pela beleza física. A da alma é para sempre incontestável. Mas aqueles tempos eram românticos por excelência…
Espero que gostem e apreciem!
RIC
7 comentários:
O Schubert está uma estampa neste desenho e gosto de pensar que esta era a verdadeira imagem dele.
Nestes últimos dias tenho ouvido muito violino e violoncelo mas este piano compõe o ramalhete.
Bela escolha!
Beijinhos:)
"Barry Lindon", é estranhamente um dos filmes menos falados de Kubrick, e tem motivos de sobra para poder ser considerado uma obra prima; um deles, é sem dúvida toda a sua banda sonora, mas não esquecer os requintes da fotografia com lentes especiais que Kubrick arranjou nas célebres fábricas de Zeiss (antiga RDA) e essa assombrosa Marisa Berenson, que bem referes.
Schubert é um compsitor magnífico, sempre!
Abraço.
Olá, querida Yo!
Creio que, com os olhos da alma, poderemos sempre vê-lo assim. A música dele permite a realização desse desejo...
Também gosto de cordas a solo, mas onde aparece um piano é onde eu vou estar. É sem dúvida o meu instrumento de eleição!
Fico contente por teres gostado!
Beijinho! :-)
Olá João C.!
Os filmes são também «produtos históricos» e ficarão de algum modo marcados pelo momento em que surgem. Talvez seja este o fado de «Barry Lyndon», acrescido do facto de ser uma adaptação muito pessoal de um romance, também ele marcado pelo tempo...
... E Schubert foi mais uma bela estrela, efémera e fugaz...
Abraço! :-)
Infelizmente cheguei tarde para ouvir a música, mas lembro-me bem dela no filme. Como grande apreciador de Kubrick que eu sou não podia deixar de conhecer e adorar o "Barry Lindon", um filme que eu gosto muito, apesar do Ryan O'Neal, um actor que não aprecio mas está muito bem neste filme.
No cinema de Kubrick a música é sempre muito importante, tanto quanto os actores ou o argumento.
Um abraço.
Caro Ricardo, agora que li o meu comentário anterior parece um pouco confuso mas acho que dá para compreender.
Mais um abraço.
Olá Paulo!
Por «deformação profissional» estou até obrigado a extrair sentido daquilo que muitas vezes não o tem. Mas não é de todo o teu caso, sabes bem que não!
Quanto à peça, é fácil localizá-la no «eSnips», como sabes. É uma excelente adaptação e serve bem a intenção de a tornar conhecida.
Contrariamente a muitos cinéfilos, continuo a preferir «Barry Lyndon» a «Laranja Mecânica»... Gostos...
O Ryan O'Neal aguentou-se enquanto o «look» lhe foi favorável. Depois, foi-se a ver e... não era actor...
Um duplo abraço também para ti, meu caro! :-)
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