Para uma tradução portuguesa deste poema, queira seguir este elo.
Porventura não será a melhor, mas será decerto melhor do que nenhuma…
For an English version of this poem, please click on "Liberty". I'm sure you'll enjoy it!
Sur mes cahiers d'écolier
Sur mon pupitre et les arbres
Sur le sable sur la neige
J'écris ton nom
Sur toutes les pages lues
Sur toutes les pages blanches
Pierre sang papier ou cendre
J'écris ton nom
Sur les images dorées
Sur les armes des guerriers
Sur la couronne des rois
J'écris ton nom
Sur la jungle et le désert
Sur les nids sur les genêts
Sur l'écho de mon enfance
J'écris ton nom
Sur les merveilles des nuits
Sur le pain blanc des journées
Sur les saisons fiancées
J'écris ton nom
Sur tous mes chiffons d'azur
Sur l'étang soleil moisi
Sur le lac lune vivante
J'écris ton nom
Sur les champs sur l'horizon
Sur les ailes des oiseaux
Et sur le moulin des ombres
J'écris ton nom
Sur chaque bouffée d'aurore
Sur la mer sur les bateaux
Sur la montagne démente
J'écris ton nom
Sur la mousse des nuages
Sur les sueurs de l'orage
Sur la pluie épaisse et fade
J'écris ton nom
Sur les formes scintillantes
Sur les cloches des couleurs
Sur la vérité physique
J'écris ton nom
Sur les sentiers éveillés
Sur les routes déployées
Sur les places qui débordent
J'écris ton nom
Sur la lampe qui s'allume
Sur la lampe qui s'éteint
Sur mes maisons réunis
J'écris ton nom
Sur le fruit coupé en deux
Dur miroir et de ma chambre
Sur mon lit coquille vide
J'écris ton nom
Sur mon chien gourmand et tendre
Sur ses oreilles dressées
Sur sa patte maladroite
J'écris ton nom
Sur le tremplin de ma porte
Sur les objets familiers
Sur le flot du feu béni
J'écris ton nom
Sur toute chair accordée
Sur le front de mes amis
Sur chaque main qui se tend
J'écris ton nom
Sur la vitre des surprises
Sur les lèvres attentives
Bien au-dessus du silence
J'écris ton nom
Sur mes refuges détruits
Sur mes phares écroulés
Sur les murs de mon ennui
J'écris ton nom
Sur l'absence sans désir
Sur la solitude nue
Sur les marches de la mort
J'écris ton nom
Sur la santé revenue
Sur le risque disparu
Sur l'espoir sans souvenir
J'écris ton nom
Et par le pouvoir d'un mot
Je recommence ma vie
Je suis né pour te connaître
Pour te nommer
Liberté.
"Poésie et Vérité", Éditions de Minuit, Paris, 1942.
RIC
12 comentários:
Superbe. :)
Gostei muito deste poema, a exaltação da liberdade... :)
Obrigado.
Abraço!
Belíssimo poema!
Obrigada por facultares o elo!:-)
Cada vez que torço a orelha, nem uma pinga cai... Bem, mas isso são contas de outro rosário.
Beijinhos :-)
(Com tanta «ginástica» para deixar um simples comentário, estarei elegantíssima em menos de nada...)
Olá João M.!
Superbe, c'est bien le mot juste, mon cher!
Abraço! :-)
Olá Lampejo!
Fico feliz por proporcionar um gosto a um amigo! E não tens de quê! O prazer é meu!
Abraço! :-)
Olá Carla!
Pelos vistos, as dificuldades prosseguem... Que irritação! Desejo que chegues rapidamente a uma solução!
Sem os elos para as traduções tornar-se-ia impossível editar certo tipo de poemas mais longos, em línguas menos «globais»...
Beijinhos! :-)
Beautiful....
I was able to read and understand it both in french and english!
Thank you for sharing,
DON~
Uffff, é preciso fôlego, pois o poema vai num "crescendo" maravilhoso.
Poucas vezes tenho visto a "Liberdade" tão justamente bem tratada, como nestas palavras sentidas. Pena é que não possam ser igualmente vividas por todos os Homens.
Abraço.
Hello dear Don!
Wondrous thing, isn't it, that you can now almost instantly - in the time of a «click»! - have both the original text and the translation best suited for you! I shall always be amazed by all these technological wonders!...
Good for you, dear friend! The more languages you know, all the more a man you become! Btw, I did enjoy the English translation as well. After all there's so much in common between both languages.
You are welcome! The pleasure is all mine!
Hugs! :-)
... And Liberty/Freedom is such an important matter!
Olá João C.!
É um imponente crescendo, não é? Como se fosse uma litania destinada ao culto diário, para que em 1942 ninguém se esquecesse que havia que continuar a lutar pela liberdade!
Como hoje, acho eu... Com tantas «aberturas», a verdade é que as sociedades ocidentais estão espartilhadas... Não interessa nada que se note, mas quem estiver atento e quiser ver, vê de certeza!
Grande Paul Éluard!
Abraço! :-)
Nada como ouvir ou ler um poema na sua língua original. Com as traduções, mesmo as boas, perde sempre um pouco da sua força. Pior ainda se forem feitas com um desses programas de tradução automática.
Um poema belíssimo. Confesso que, fora os clássicos como Rimbaud ou Baudelaire, pouco mais conheço da poesia francesa.
Um abraço
Olá Paulo!
É sabido que tradução é traição, mas a poesia é em geral e por drfinição intraduzível. Este é um dos que ainda aguentam umas «facadinhas»... Mas confesso que não gosto muito dele em Português... Talvez porque o li pela primeira vez em Francês e, apesar de não ter percebido muito, o ritmo empolgante enfeitiçou-me. E em Português não o tem por causa da oscilação necessária entre «sobre» e «em»...
Quanto aos programas de tradução, são óptimos para dar umas boas gargalhadas! Sai tudo completamente ao lado! É de morrer a rir!
Há muito boa poesia francesa, pelo menos até aos anos 50. Depois, o que conheço agrada-me pouco... Talvez eu venha a escrever aqui sobre alguns desses bons poetas... Vamos ver o que se arranja...
Um abraço, meu caro! :-)
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