terça-feira, 16 de janeiro de 2007

II. Grandes planos… / Big plans…

As I'm an inveterate romantic (you know this by now, yes, I know it too), always nostalgic, saudoso (full of saudade), some times melancholic, always ready to feel the spleen, to have the blues, and so on, and so forth, I've been doing some thinking and…



In the year 2007 I resolve to:
Procrastinate more.



Get your resolution here.


Pois é, foi isto mesmo que eu decidi – procrastinar! De momento, não me vale de muito grandes olhares em frente (a não ser que o que se me apresente pela frente valha mesmo a pena, mas isso são outros 500 paus…), pelo que darei largas ao spleen, aos blues, à saudade, à nostalgia, à melancolia e a outras proclividades anímicas terminadas em -ia. Só estas são realmente doentias… E eu sou muito pessoano: "pensar é estar doente dos olhos."

Thanks, Minge!

RIC

43 comentários:

Maurice disse...

Não procrastines para amanhã o que podes fazer hoje. Porque, embora quem procrastina possa sempre alcançar, também é verdade que não apetece a ninguém ser um pessoano "cadáver procrastinado que procria"... :)

tiago disse...

ai, essa é a minha doença, procrastinar. pessoano ou não, tudo pode esperar mais uns minutos, mais uma hora, mais um dia. which, i'm sure, is not your case.

Anónimo disse...

Procastinare?!

É uma estratégia. O que não se faz em dia de Santa Luzia, faz-se no outro dia.
Mas já que esta vida são dois dias, convém passar algum deles a fazer por ela. Eu cá não procrastino muito, mas até podia, não havia problema. Não protelo, sou mais do tipo "ou sim ou sopas". Contudo, há coisas, momentos especiais (com o amor da minha vida, por exemplo) que eu procastinaria até ao infinito.
Sabes? Puseste-me a pensar... Acho que há algo de hedonista na procrastinação... e, he he he, tenho um enoooooorme apelo ao hedonismo dentro de mim.

RIC disse...

Boa noite, Maurice! Que cruel que tu estás hoje...
Já agora «proctrastines para amanhã» é pleonástico, como «subir para cima».
E desde quando é que deferimentos têm forçosamente de nos transformar em cadáveres - pessoanos ou não - e, ainda por cima, procriadores?!
Quanto a apetências, há muita variedade sob o sol... Felizmente!
Um abraço! :-)

RIC disse...

Olá Tiago! Porque é que «you're so sure it's not my case»? Será que o meu «perfil virtual/nético» me faz passar por aquilo que não sou? Se calhar...
Um pouco mais a sério: irritam-me as coisas que tenho de fazer e que se arrastam «naturalmente» no tempo. Sou limitado na medida em que só sei fazer uma coisa de cada vez, mas isto, parece, já a ciência explicou com base na fisiologia do cérebro masculino.
Quanto a adiar coisas, é mesmo verdade. Não que goste de o fazer, mas porque sou um bocado relaxado, tenho de admiti-lo...
Oops, entrei na hora confessional. Paro já aqui!
Um abraço! :-)

Maurice disse...

Ric, Ric, Ric...

Era só uma piada... mas pronto; a reprimenda foi merecida...:)

abraço

RIC disse...

Olá Catatau! Acho que acertaste na «mouche»! É mesmo esse lado hedonista da procrastinação que muito me atrai, muito embora seja também ele que me mantém desperto para que exageros não prevaleçam...
Quanto ao indefinido prolongamento dos momentos amorosos, não podia estar mais de acordo, obviamente. O pior é que esta atitude obriga a prioridades apertadas... Ou seja - e lá vem chavão - é no meio que está a virtude...
Agora fui tão «establishment», tão «mainstream» que até me enjoei a mim próprio...
Vou reler mais um pouco de Pessoa a ver se isto me passa...
Um abraço! :-)

Anónimo disse...

Tu quoque oh meu RICo menino!
A propósito de poetas, havia um trovador que numa cantiga de amigo versejava:

ay, ay tanta soydade
ay ay tanta merencoria
ay deus, ué o meu soldado ?
prontos, se-ele- num- aparecer- dentro- de- cinco- minutos, vou arranjar um marinheiro prá folia!

É assim: não há mal que sempre dure nem bem que nunca acabe...e há mais marés que marinheiros e a cock d@ vizinh@ até que nem é melhor que a minha. Topas?

Tanta amabilidade a sua pelo meu Principe!!! Não havia nesheshidade!!!

RIC disse...

Meu caro e querido Maurice! Reprimendas é que não! Quis apenas manifestar a minha discordância, nada mais!
Já agora aproveito para te dizer algo que tenho vindo a querer dizer há já algum tempo, mas que tenho acabado sempre por me esquecer. Trata-se de «Maurice», o filme: mais uma pérola da Sétima Arte! Quanto ao livro, não tive ainda oportunidade de o ler. Foi excelente a tua ideia de «nickname» e de nome para o teu blogue! Parabéns! :-)

RIC disse...

Ah!!! Ele voltou, o Aracnauta! Alvíssaras! E vem hoje imbuído de trovadorismo! Que delícia! E logo u,a cantiga de amigo bem original, por sinal... Que frescos que aqueles poetas haveriam de ser! O Cesariny haveria de conhecê-los de cor... E do coração também...
Topo perfeitamente que o cock do meu vizinho não é forçosamente melhor que o meu! E por que carga de água?...
E quanto ao teu Perfeito Príncipe havia toda a necessidade, sim! Podes crer! Depois da defensom que dele fizeste, o que é que achas que me caberia responder?
Obrigado também pelo humor!
Abraço! :-)

Maurice disse...

Ric,

Obrigado!
Eu já procurei o filme, mas não o encontro em DVD em lado nenhum. Contentei-me com o livro, que achei delicioso, relido recentemente e razão da escolha do título para o blogue e para mim...

Abraço

RIC disse...

Ainda quanto ao filme, Maurice, quando estive em Nova Iorque há uns anos encontrei-o - facilmente - em vídeo e não pensei duas vezes: comprei-o. Quando cheguei a Lisboa é que me «lembrei» que os sistemas são diferentes. Resultado: fiquei ali com um mono e, mais tarde, um amigo emprestou-me a cópia dele...
É, sou muito atento a certos pormenores... (Rsrsrs!)
Abraço! :-)

Anónimo disse...

Oi, amigo.

PROCRASTINAR é uma palavra muito pouco usada aqui no Brasil. Aqui, a gente costuma mais usar a expressão ´deixar pra lá`.
Bom, procrastinar é uma coisa que todo ser humano faz de vez em quando, por mais agitado que seja. Só se torna perigoso quando se torna um hábito, né?
Abraço!

Anónimo disse...

Ric
por uma vez, tenho que dar a mão à palmatória.
O teu amigo Carioca tem uma "tradução" muito mais ao meu tipo para a palavra procrastinar:
"deixar para lá".
Sabes já que não sendo um purista nas questões linguísticas há palavras que me "arranham" e essa é uma delas.
Desculpa lá, sei que és muito cioso destas coisinhas, mas eu resolvi procrastinar neste comentário.
Abraço.

Desculpa tomar este teu espaço para alvitrar o Maurice a ir procurar o seu homónimo filme à "mula"...

Jack disse...

I don't make resolutions.

Nobody keeps them.

I just plan better.

RIC disse...

Olá Carioca! Também aqui «procrastinar» é em termos práticos um arcaísmo, salvo raros contextos muito específicos. Apenas o usei para não me afastar do verbo inglês...
Por aqui diz-se «deixar andar», «deixar para depois», etc.
Como eu já disse aqui, é no meio que está a virtude; o que é demais é erro. Da minha parte é sobretudo uma brincadeira com o teste das decisões...
Um abraço amigo! :-)

RIC disse...

Meu caro João! Não sou nem purista nem ressuscitador de arcaísmos. Só que achei piada em manter a forma portuguesa do verbo inglês, aliás, a mesma afinal, a latina. O nosso verbo mais comum é obviamente «adiar».
Quanto a comentários, podes sempre procrastinar quando te apetecer! A vontade é toda tua. Há, quanto a mim, uma razão para que este verbo não seja benquisto aos nossos ouvidos (aos meus inclusive): além de ser um longo polissílabo, apresenta duas sílabas consecutivas com «r» medial; ora, isso é a «morte do artista»; o Português tende a recusar esses infelizes encontros consonânticos...
E pronto, aqui te deixo a explicação, para que não fiques a pensar que eu sou a Maluquinha de Arroios do Português... (Rsrsrs!!)
Um abraço, meu caro! :-)

RIC disse...

Hello dear Joel! Three very, very wise sentences, I'd say... Almost with a philosophical taste to them!
I do agree entirely with you! However, I'm not so sure whether I plan better or not... I guess I don't. Some times my will is not so strong as I would like it to be...
Best wishes, dear friend!

lampejo disse...

Já lá diz o velhinho ditado, "não deixes para amanhã o que podes fazer hoje". Mas os ditados são o que são, com toda a sabedoria popular, outra coisa é a vida real, e por vezes temos mesmo que procrastinar, uma por falta de tempo, outras pelo bom senso, meditação...
Procrastinar por vezes "fica" bem...

RIC disse...

Olá Lampejo! Há sem dúvida um sólido fundo de verdade para o ditado: quando menos esperamos, o tempo já passou, voou... Se nos pomos a adiar coisas na vida, dá-se a tal situação: «se eu soubesse o que sei hoje»...
Quanto a por vezes «ficar» bem, creio que concordo contigo. Há momentos em que devemos mesmo parar para pensar... Sob pena de tudo, de repente, se transformar numa grande embrulhada... E aí, não há discernimento que nos valha!
Um abraço! :-)

Anónimo disse...

Obrigado pela explicação.
Contigo está-se sempre a aprender...

RIC disse...

Pois... Não era esse o objectivo, mas está bem... (Rsrsrs!)
Um dia destes ainda me encerravam o blogue por fazer apologias de loucuras e depois, como é que seria, hein? Tenho de me defender, ora bolas!...
Um abraço, meu caro! E não leves muito a sério estes dasabafos, 'tá?

dondon009 disse...

Procastination is my middle name.....

Any excuse I can think of to do tomorrow what should be done today works fine with me.

Unfortunately, this has gotten me in a bit of trouble on more than one occasion!

As for resolutions, I don't make any. I hate to disappoint myself.

DON~

RIC disse...

Hello Don! I act exactly the same way as you and I've experienced the consequences of acting that way a few hard times as well...
I don't like to make resolutions either. They all seem to go down the drain sooner or later anyway. It's quite frustrating...
Thanks a lot! Wish you the best!

Minge disse...

Fabulous!

RIC disse...

Thanks, Minge! Likewise!...

Minge disse...

You are a blogstar.

RIC disse...

Again, Minge?! I've already said/written what I think about that...
What do you really mean by that?! Would you please elaborate a little bit on the subject?
Wish you the best! :-)
(Thanks!)

Minge disse...

You are a blogstar.

Your blog is wonderful, you educate, entertain and inform. You have a loyal and faithful readership who adore you and look forward to your latest post.

You are a blogstar.

RIC disse...

Okay, okay, dear Minge! Thank you so very much for your kind words!
So I believe I'm not that different from you after all, am I? I don't think so...
Great weekend! :-)

Minge disse...

You are very different, my dear, because you are inspirational!

RIC disse...

Oh Minge, please!... No more... Diversity is inspirational, okay?
:-)

Minge disse...

Sorry, Ric, I cannot stop when it comes to praising you. Maximum is not enough.

RIC disse...

You have such a Latin mind, Minge!
Sorry for putting it this way, but there's something quite Mediterranean about you. I had already noticed that before.
Maybe it's the Celtic inheritance...
Really powerful!
:-)

Minge disse...

My Great-Grandmother was an Italian Jew. Perhaps it comes out in me somehow. If I can find a photograph, I will display her.

What, in character, Ric, would you say, separates Latin European from any other kind. This, mon amour, is quite the most fabulous topic!

RIC disse...

Even it's a bit theatrical, I think a sentence you just wrote says it all: «Maximum is not enough».
In any one of these stories I've been posting in Portuguese I might have written it too, but never in this context, because it would always sound fony or exaggerated in my ears. Yeah, even though I'm a Latin guy, I'm always in control of myself. Or I try to be, at least. But that has mainly to do with my super-ego, I guess... It's bigger than me, has always been...
Anyway, what I mean is that there's a lot of fire involved. I don't like the word that much myself, but the word is really «passion».
There's something quite Italian about it, doubtlessly. When I first wrote «Latin» I was really thinking about «Italian»...
Coincidences do exist...
:-)

Minge disse...

Lord above us! Passionate, je suis, Ric, phony, I am not - and neither are you. My appreciation for you is certainly genuine, as is my love.

RIC disse...

No, Minge, I've never doubted about that, please! It's the tone of some words that makes me feel that way, not the persons nor their feelings, of course not!
Serenity and smoothness are my favourite. I don't deal very well with storms... In this regard, I guess I'm not Latin at all...
:-)

Minge disse...

Oh, but Latin, yes! For a fire burns within you, one that will never be put out.

RIC disse...

... And what fire might that be, dear Minge?...
:-)

Minge disse...

The fire of your passion, both temporal and spiritual, of desire, of sex, of intrigue, of words, of song, of all creation.

You are the oxygen - without which, the flames in the world of blogging would long since have died.

Minge disse...

Then all is well! Stay passionate, stay fabulous - forever, our blogstar.

RIC disse...

There are no words to describe you, dear Minge! You are beyond language itself, which might be considered a paradox, but isn't at all. «Fare thee well!»
:-)